Os tetracampeões da Copa do Mundo Romário e Dunga entraram em uma briga judicial, o motivo: danos morais e difamação. Ex-companheiros de equipe e de quarto na conquista de 94, nos Estados Unidos, acusam-se desde 2015, quando Dunga assumiu o comando da Seleção.
Como noticiado pelo Uol Esporte, a confusão começou quando o Baixinho acusou que as convocações do técnico tinham “interesses por trás”, dizendo que o capitão não selecionava mais os melhores jogadores, e sim os que são mantidos por empresários que lucrariam com as convocações.
Dunga decidiu entrar na justiça contra Romário com uma representação junto à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, em 2016, além de protocolar uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF), alegando injúria e difamação nas declarações do ex-futebolista. As denúncias foram arquivadas já que o senador tem imunidade parlamentar.
Em 2017, a briga continuou quando Romário decidiu entrar com uma ação contra Dunga, considerando que foi moralmente ofendido no STF. O senador registrou um valor de R$500 mil reais no processo. Em primeira instância, a justiça rejeitou o pedido e ainda determinou que o tetracampeão pagasse os honorários, estimados em 16% do valor da ação.
Romário ainda tentou recorrer em segunda instância, em 2018, mas a justiça manteve a decisão anterior. Em agosto do mesmo ano, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou que 20% do salário do senador (R$ 2.210,05) fosse bloqueado para quitar os custos do processo. Em novembro, os advogados conseguiram desbloquear os 20%.
Esse ano, R$ 82,3 mil dos bens do ídolo do futebol nacional estão retidos para cobrir os custos desse processo, que está estimado em R$ 93 mil. Os advogados de Dunga alegam que chegam em R$ 108 mil, com as correções.
Gilmar Rinaldi, ex-companheiro do tetra e parceiro de Dunga no comando da Seleção, também denunciou o Baixinho pelos mesmos motivos. O senador entrou com ação por danos morais, mas perdeu e terá que arcar com 1% dos honorários.