A Liberty Media, conglomerado dos Estados Unidos, assume o controle da Fórmula 1 após adquirir os direitos comerciais que pertenciam ao grupo liderado por Bernie Ecclestone. A categoria enfrentava queda de audiência, desgaste com fãs e contratos engessados que limitavam crescimento e inovação.
Qual era a situação financeira da Fórmula 1 antes da aquisição?
Antes da mudança de controle, a Fórmula 1 apresentava sinais claros de estagnação econômica. As receitas dependiam excessivamente de contratos com promotores tradicionais, muitos deles pressionados por custos elevados e públicos em declínio.
Além disso, a distribuição desigual de premiações gerava insatisfação entre equipes médias e pequenas. Esse cenário alimentava o risco de colapso esportivo e financeiro, afastando investidores e dificultando a entrada de novos times.

Quais decisões estratégicas mudaram o modelo de negócios?
A nova gestão priorizou transparência financeira e modernização comercial. A Liberty Media reformulou contratos, flexibilizou negociações e buscou equilibrar a divisão de receitas entre as equipes.
Outro ponto central foi a valorização de ativos digitais. A Fórmula 1 passou a explorar redes sociais, streaming e conteúdos próprios, algo antes praticamente inexistente, ampliando alcance global e engajamento direto com fãs.
Como o marketing e a mídia transformaram a imagem da categoria?
A mudança de postura midiática foi decisiva. A abertura dos bastidores, com acesso a pilotos, dirigentes e conflitos internos, aproximou o público do esporte de forma inédita.
Um exemplo concreto foi a série documental “Drive to Survive“, produzida em parceria com a Netflix. A produção ampliou a base de fãs, especialmente entre jovens e mercados fora do eixo tradicional europeu. Abaixo o anúncio de temporada da série pode ser observado, postado no perfil @f1 no Instagram.
Quais foram os impactos esportivos e regulatórios dessa gestão?
A nova administração apoiou mudanças no regulamento técnico e financeiro para reduzir desigualdades. A introdução do teto orçamentário buscou garantir competitividade e sustentabilidade a longo prazo.
Essas medidas permitiram maior equilíbrio no grid, aumentaram a imprevisibilidade das corridas e reforçaram o interesse comercial do campeonato junto a patrocinadores globais.
O que podemos aprender com a virada da Fórmula 1?
O caso demonstra que tradição não garante sobrevivência. A Fórmula 1 só retomou crescimento ao aceitar mudanças estruturais profundas, mesmo enfrentando resistência interna.
A experiência da Liberty Media mostra como gestão profissional, visão digital e foco no público podem resgatar um esporte à beira da irrelevância e transformá-lo em um produto global novamente desejado.





