Flavio Briatore foi anunciado como novo chefe de equipe da Alpine a partir do GP da Emilia-Romagna, em Imola. O italiano é uma das figuras mais controversas da história da F1, tendo comandado duas campanhas vitoriosas rumo ao título mundial: com Michael Schumacher na Benetton (1994 e 1995) e com Fernando Alonso na Renault (2005 e 2006).
No entanto, sua trajetória vai muito além das glórias. Briatore era conhecido por sua gestão dura e conflituosa com pilotos — protegendo uns, como Schumacher, e pressionando publicamente outros, como Jenson Button, Johnny Herbert e Jarno Trulli. Além disso, sua carreira foi marcada por polêmicas dentro e fora das pistas. O SportBuzz reúne para você as três principais controvérsias da carreira do italiano.
Schumacher e Benetton 1994
Briatore contratou Michael Schumacher em 1991, em um acordo polêmico. Ignorando os contratos já existentes entre o alemão e a Jordan, sua equipe atual, Briatore enfrentou batalhas judiciais com a equipe e com Roberto Moreno, piloto da equipe demitido para chegada do alemão. Contudo, de forma quase forçada, conseguiu contar com Schumacher para a Benetton. Com o alemão, a equipe foi campeã mundial duas vezes, mas não sem polêmicas.
Ver essa foto no Instagram
Em 1994, rivais acusaram a Benetton de usar dispositivos eletrônicos ilegais, como controle de tração e controle de largada, proibidos na F1 naquele ano. A FIA, que também desconfiou da equipe, investigou a fundo o carro, mas não conseguiu comprovar que a equipe utilizava tais recursos. Ayrton Senna, que faleceu naquele ano, no fatídico GP de Ímola, era um dos pilotos que mais desconfiava da legalidade do carro pilotado por Schumacher.
Briatore dá ‘jeitinho’ para conseguir motores Renault
Mesmo sendo os atuais campeões, Briatore queria dar um upgrade na equipe para 1995. O chefe de equipe queria os motores da Renault, usados pela Williams, a grande rival da Benetton naquele momento.
No entanto, Briatore não conseguiu obter os motores por uma negociação convencional, já que a Renault tinha fidelidade à Williams. Porém, a fabricante francesa também mantinha uma parceria com a Ligier. Então, Briatore bolou um plano engenhoso: ele comprou a Ligier e transferiu o contrato da Renault para a Benetton. O plano deu certo e, com os motores Renault, a Benetton conquistou mais um título de pilotos com Schumacher, além de seu primeiro Mundial de Construtores.
Singapuragate
O ponto mais baixo de sua carreira veio em 2008, no escândalo do GP de Singapura. Briatore e Pat Symonds ordenaram que Nelsinho Piquet provocasse um acidente proposital para favorecer Fernando Alonso, que venceu a corrida. O caso veio à tona em 2009, quando Briatore foi banido da F1. No entanto, a punição foi posteriormente reduzida para uma suspensão de cinco anos.