Adrian Newey abriu o jogo sobre sua ‘mudança de ares’ na F1. Em maio do ano passado, o projetista comunicou a sua saída da Red Bull Racing. Neste ano, ele assumiu o posto na Aston Martin, defendida, atualmente, por Fernando Alonso e Lance Stroll. O britânico destacou que passou por um período de reflexão antes da medida na elite do automobilismo.
“Se tivesse me perguntado há 12 meses se eu deixaria a Red Bull, teria dito: ‘Não, você está louco’. Mas, por várias razões, senti que não seria fiel a mim mesmo se permanecesse lá. Então, a primeira decisão difícil foi exatamente essa: ficar ou não na Red Bull”, contou ao Auto Motor und Sport. Depois, Adrian disse que avaliou seu leque de possibilidades.
“Então, obviamente, cheguei à conclusão de que, sendo honesto comigo mesmo, não poderia ficar. E aí, depois de tomar essa decisão, a pergunta era: o que fazer a seguir? E com minha esposa, Mandy, discutimos várias opções. Uma delas foi, obviamente, que estou na posição privilegiada de não precisar trabalhar financeiramente”.
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Mesmo com o caminho da aposentadoria livre, Newey admitiu que a possibilidade o entediou. “Sinto-me incrivelmente sortudo por ter tido a oportunidade de estar em uma posição onde realmente gosto da minha rotina, que, afinal, envolve de oito a dez horas, se não mais, trabalhando”, contou.
“Aproveitar isso é muita sorte. Então, isso foi uma forma longa de dizer que realmente cheguei à conclusão de que, na verdade, queria continuar trabalhando, que eu ficaria entediado fazendo nada”.
Vale destacar que a chegada do projetista à Aston Martin é um trunfo da equipe para ter Max Verstappen à frente do volante. O piloto da Red Bull Racing construiu uma trajetória vitoriosa ao lado de Newey nos últimos anos. Assim, caso o time austríaco não proporcione um carro competitivo, o holandês pode buscar a mesma ‘mudança de ares’ para se juntar ao engenheiro a partir de 2026. A F1 retorna em meados de março, com o GP da Austrália.