Fernando Alonso, um dos maiores nomes da Fórmula 1, reflete sobre sua trajetória, o momento atual e as possibilidades de um futuro glorioso no esporte. Aos 43 anos e 18 anos após conquistar seu segundo título mundial, o piloto espanhol não esconde o sonho de alcançar o tricampeonato, mesmo diante dos desafios que o tempo impõe.
“Eu ainda sonho”, afirma Alonso. “Por que não? Sei que 2026 é provavelmente minha única chance, porque 2025 será extremamente difícil, mas continuo sonhando. A Fórmula 1 é para sonhadores, provavelmente, porque qualquer coisa pode acontecer. Vamos ver.”
A declaração de Alonso traduz sua paixão pelo esporte e a confiança em seu talento, mesmo após uma década sem vitórias. O espanhol soma 32 triunfos em Grandes Prêmios, sendo o último em 2013. Em 2023, iniciou bem a temporada com a Aston Martin, conquistando pódios e mostrando competitividade. No entanto, o desempenho da equipe caiu, frustrando suas expectativas iniciais.
Apesar disso, Alonso acredita que novas vitórias – e até um terceiro título mundial – ainda são possíveis. Ele, que conquistou seus dois títulos em 2005 e 2006 com a Renault, vê 2026 como o ano crucial para alcançar esse objetivo.
Fernando Alonso hasn’t given up on winning another F1 drivers’ title 💪#BBCF1 pic.twitter.com/YuLfiyzzUo
— BBC Sport (@BBCSport) December 11, 2024
Adrian Newey e Alonso: a aposta para mudar o jogo
A confiança de Alonso em 2026 tem um nome: Adrian Newey. A Aston Martin causou grande impacto no paddock ao anunciar, há três meses, a contratação do lendário projetista. Considerado o maior designer da história da Fórmula 1, Newey deixará a Red Bull em 2025, após 18 anos de conquistas.
Com a chegada de Newey, a Aston Martin aposta em um carro revolucionário para o novo regulamento técnico de 2026. Alonso, por sua vez, deposita altas expectativas nesse projeto.
“As expectativas serão altas porque é um carro novo, mudança de regulamento, um carro feito pelo Adrian”, disse Alonso. “Provavelmente – ou pelo menos, para começar – será minha última temporada na F1, porque meu contrato termina no final de 2026. É o momento de entregar resultados e de mostrar a verdade. Grandes expectativas.”
A parceria que o destino reservou
A colaboração entre Alonso e Newey parecia algo destinado a acontecer, mas demorou anos para se concretizar. Os dois chegaram perto de trabalhar juntos em diversas ocasiões – primeiro em 2007, quando Alonso decidiu não se juntar à Red Bull, e novamente em 2013, quando negociações não avançaram.
Agora, no crepúsculo da carreira do espanhol, essa parceria finalmente se torna realidade. Contudo, Alonso sabe que o tempo será curto. Ele terá 44 anos ao pilotar o primeiro carro projetado por Newey na Aston Martin.
“Destino”, resumiu Alonso. “Parece que o destino sempre me fez perder essa oportunidade. Mas ele veio agora, no final da minha carreira, e ainda vou aproveitar ao máximo, tentar aprender com ele.”
“Temos esse respeito mútuo. Trocamos algumas mensagens e falamos de vez em quando, e parece que sempre nos conectamos. Nunca trabalhamos juntos, mas sempre estivemos na mesma frequência quando conversamos no passado. Estou ansioso. E para a Aston Martin, isso é uma grande conquista.”