O movimento começa quando atletas percebem que sua imagem tem valor econômico além dos contratos esportivos. A partir dos anos dois mil, com redes sociais e maior controle da própria narrativa, muitos passaram a criar marcas próprias em vez de apenas licenciar o nome para terceiros. Essa mudança marca a transição do atleta patrocinado para o atleta empresário, com participação direta nos lucros e decisões.
Quais atletas criaram marcas próprias que se tornaram globais?
Um dos casos mais conhecidos é o de Michael Jordan, dos Estados Unidos, cuja marca Air Jordan nasceu em parceria com a Nike e se tornou um fenômeno cultural. O projeto ultrapassou o basquete e passou a influenciar moda, música e comportamento urbano, com faturamento anual bilionário até hoje.
Outro exemplo é Cristiano Ronaldo, de Portugal, criador da marca CR7. O negócio envolve roupas, perfumes, hotéis e academias, explorando o conceito de lifestyle ligado à performance e imagem pessoal. A marca funciona como um ecossistema, não apenas como produto isolado, o que garante escala e longevidade.

Como atletas estruturam empresas além do esporte?
A criação de marcas próprias exige planejamento profissional, algo que diferencia projetos duradouros de iniciativas pontuais. Muitos atletas montam equipes com executivos experientes, especialistas em marketing e gestores financeiros. O nome atrai atenção, mas a estrutura sustenta o negócio, evitando dependência exclusiva da fama.
Além disso, há forte alinhamento entre trajetória esportiva e proposta da marca. Atletas escolhem segmentos nos quais possuem credibilidade, como saúde, moda esportiva ou bem-estar. Essa coerência fortalece a confiança do consumidor e reduz riscos em mercados competitivos.
Quais setores concentram marcas criadas por atletas?
Moda e lifestyle são os setores mais recorrentes, pois permitem conexão emocional com fãs. A tenista Serena Williams, dos Estados Unidos, lançou a marca S by Serena, focada em roupas femininas inclusivas. O projeto reflete valores defendidos ao longo de sua carreira e dialoga com diferentes públicos.
Outro segmento em crescimento é o de investimentos e tecnologia. Serena também fundou a Serena Ventures, fundo que apoia startups lideradas por mulheres e minorias. Isso mostra que atletas não apenas vendem produtos, mas também constroem influência econômica e social. O vídeo abaixo do perfil oficial da marca de roupas de Serena no TikTok, mostra algumas roupas de uma das coleções.
Quais mitos cercam atletas que viram empresários?
Um dos principais mitos é acreditar que fama garante sucesso automático. Diversos projetos fracassaram por falta de pesquisa de mercado ou gestão inadequada. Visibilidade ajuda no início, mas não substitui estratégia, controle financeiro e posicionamento claro.
Outro equívoco é pensar que o atleta atua sozinho. Na prática, marcas bem-sucedidas contam com parceiros estratégicos e conselhos administrativos. O atleta funciona como visionário e embaixador, enquanto a operação segue padrões empresariais tradicionais.
O que as novas gerações aprendem com atletas empreendedores?
As histórias de atletas que abriram marcas próprias de sucesso mostram que carreira esportiva pode ser plataforma para independência financeira de longo prazo. Jovens atletas passam a enxergar o esporte como parte de um projeto maior, não como único fim profissional.
Esses exemplos também reforçam a importância de educação financeira, planejamento e visão de futuro. O legado deixa de ser apenas esportivo e passa a ser empresarial, inspirando novas gerações a pensar além das competições e resultados imediatos.





