A empresa responsável pela compra completa da Fórmula 1 é a Liberty Media, conglomerado norte-americano de comunicação e entretenimento fundado em 1991 por John Malone. O grupo construiu seu império investindo em canais de TV, plataformas digitais e empresas de tecnologia, até se tornar uma das maiores potências da mídia mundial.
Como aconteceu a compra da Fórmula 1 pela Liberty Media?
A transação foi concluída em 2017, quando a Liberty Media adquiriu a Formula One Group por aproximadamente US$ 8 bilhões. O negócio marcou o fim da longa era de Bernie Ecclestone, que havia transformado o esporte em um fenômeno global, mas enfrentava críticas pela falta de inovação digital. A compra prometia uma nova fase voltada ao público jovem e às mídias sociais.
Desde então, a empresa americana vem apostando em estratégias que combinam esporte e entretenimento. O objetivo é tornar a Fórmula 1 mais próxima dos fãs, explorando recursos de streaming, documentários e experiências imersivas.

Quais mudanças a Liberty Media implementou no esporte?
A nova administração trouxe uma reformulação completa na forma como a categoria é apresentada e consumida. A Fórmula 1 passou a priorizar o engajamento com o público, a digitalização de conteúdos e a ampliação de sua presença global.
Um dos grandes diferenciais foi a parceria com plataformas de streaming e o investimento em narrativas que mostrassem o lado humano dos pilotos, transformando o campeonato em um espetáculo de alcance cultural.
Entre as principais iniciativas da Liberty Media estão:
- Criação de novas corridas, como o Grande Prêmio de Las Vegas
- Expansão de parcerias com marcas de tecnologia e sustentabilidade
- Lançamento de conteúdos exclusivos nas redes sociais
- Apoio à diversidade e inclusão dentro das equipes
- Produção de documentários e séries sobre os bastidores da categoria
Qual o papel da série “Drive to Survive” nesse processo?
Uma das estratégias mais bem-sucedidas da Liberty Media foi a criação do documentário “Drive to Survive”, produzido em parceria com a Netflix. A série trouxe uma visão inédita dos bastidores da Fórmula 1, apresentando pilotos, engenheiros e chefes de equipe de forma mais humana e emocional.
O impacto foi imediato: milhões de novos fãs passaram a acompanhar o campeonato, especialmente entre o público jovem e o feminino. Essa conexão entre drama, competição e realidade impulsionou a audiência e o valor comercial da categoria.
Como a Liberty Media transformou o modelo de negócios da Fórmula 1?
Com a nova gestão, a Fórmula 1 passou a adotar uma abordagem mais corporativa e sustentável. As receitas de publicidade e direitos de transmissão aumentaram, enquanto os eventos foram reestruturados para gerar experiências de marca.
Além disso, a empresa tem investido em metas ambientais, como a busca por neutralidade de carbono até 2030, e em projetos educacionais voltados à engenharia e inovação. Essa visão de longo prazo mantém a Fórmula 1 relevante e alinhada às exigências do mercado moderno.
O que podemos aprender com a transformação liderada pela Liberty Media?
A compra da Fórmula 1 pela Liberty Media demonstra como o esporte pode se reinventar sem perder sua essência. O grupo soube transformar um produto tradicional em uma experiência digital e interativa, mantendo o equilíbrio entre o espetáculo e o valor esportivo.
Mais do que uma mudança de gestão, a história da Liberty Media mostra que a combinação entre tecnologia, emoção e estratégia empresarial pode redefinir o futuro de qualquer modalidade global.





