Durante sua passagem pelo Al-Hilal, Neymar assinou um contrato estimado em R$ 1,1 bilhão por temporada (aproximadamente US$ 220 milhões anuais); dividindo esse valor por 525.600 minutos do ano, obtém-se cerca de R$ 2.094 por minuto, cifra que pode subir para mais de R$ 2.500 quando se incorporam bônus de imagem e acordos comerciais.
Como esse valor foi calculado?
O cálculo básico converte o salário anual bruto em unidades de tempo: salário dividido por 525.600 minutos, resultando no ganho médio estático por minuto.
Contratos de alto valor costumam acrescentar cláusulas de direitos de imagem, bônus por metas e garantias logísticas, o que eleva o rendimento efetivo além do salário-base e altera a métrica por minuto quando esses adicionais são incluídos.

O que esse valor revela sobre o mercado saudita?
O investimento do Al-Hilal aparece como parte de uma estratégia coordenada para posicionar a Arábia Saudita como um polo esportivo e de entretenimento, financiada por fundos com grande capacidade de alocação de capital.
Essa política transforma o futebol em ferramenta de soft power, usando contratações de impacto para atrair audiência, investimentos e turismo esportivo, ao mesmo tempo em que desafia modelos tradicionais de sustentabilidade financeira no esporte.
Como o salário de Neymar se compara a outros atletas?
Comparativamente, estimativas públicas colocam Cristiano Ronaldo com valores similares na região e Lionel Messi com remunerações altas em mercados diferentes; em termos percentuais, o ganho por minuto de Neymar excede por margem significativa o de muitos pares europeus.
A comparação evidencia que estratégias regionais variam: ligas que buscam crescimento de marca pagam menos por minuto, enquanto mercados com objetivo de impacto imediato utilizam números elevados para gerar atenção imediata.
Qual é o impacto desses valores no futebol mundial?
A chegada de contratos desse porte altera a dinâmica das janelas de transferência, elevando a reserva de capital necessária para competir por talentos e pressionando clubes a revisar suas estruturas de receita.
Em paralelo, surgem questionamentos sobre equilíbrio competitivo, transparência nos fluxos financeiros e o papel de fundos estatais em mercados esportivos que tradicionalmente se apoiavam em receitas operacionais e de bilheteria.
Quais mitos e equívocos cercam a ideia de “salário por minuto”?
Um equívoco comum é interpretar o valor por minuto como pagamento apenas por tempo em campo; na prática, trata-se de uma média temporal que inclui férias, períodos de recuperação e indisponibilidades por lesão.
Outro mito é considerar esse número isoladamente sem avaliar retorno de imagem, contratos publicitários e impacto comercial que justificam, do ponto de vista contratual, valores superiores ao rendimento técnico estrito.
O que podemos aprender com o caso Neymar e o Al-Hilal?
O episódio demonstra que o valor de um atleta passou a ser medido tanto pela capacidade esportiva quanto pela influência econômica e midiática que gera; entender “quanto dinheiro Neymar ganhava por minuto” exige, portanto, olhar para contratos, direitos de imagem e estratégia nacional de investimento.
Mais do que ostentação, trata-se de um modelo de negócios que integra entretenimento, diplomacia econômica e retorno comercial, uma tendência que continuará a remodelar prioridades e práticas no futebol global.





