No jogo das quartas de final da Copa do Mundo entre Brasil e Colômbia, Juan Camilo Zúñiga disputou uma bola e seu joelho acertou as costas de Neymar, forçando-o a deixar o campo chorando.
Os exames revelaram uma fratura na terceira vértebra lombar, que o tirou do torneio e expôs a gravidade dos danos físicos. Esse episódio ficou marcado como um dos momentos mais traumáticos da trajetória do atacante.
Como essa lesão afetou o corpo e a performance?
A fratura vertebral em região lombar é considerada lesão grave para quem depende de mobilidade, força e explosão. A recuperação demorou semanas, mas jamais apagou sequelas invisíveis de sobrecarga nas costas, impactando o rendimento em disputas físicas e movimentos que exigem flexão e torção intensa.
Além disso, após esse episódio, Neymar passou a sofrer com outras lesões, tornozelos, músculos, ligamentos, que compostas criaram um histórico de fragilidade crônica. Cada retorno exigia cautela extrema para evitar recaídas.

Quais desafios ele enfrentou para retomar alta performance?
Voltando ao futebol de elite após uma lesão desse porte, Neymar precisou reconstruir confiança no próprio corpo. O processo envolveu fisioterapia intensiva, fortalecimento da musculatura estabilizadora da coluna, ajustes na carga de treinos e gerenciamento constante de desgaste físico.
Mas a recuperação total é rara. O corpo passa a exigir mais do planejamento: descansos mais estratégicos, monitoramento preventivo e adaptação no estilo de jogo para driblar limitações.
Em que momento se nota que “nunca mais foi o mesmo”?
A partir dessa lesão, observou-se que o craque, apesar de seguir brilhando, precisou retocar seu estilo de jogo. Movimentos explosivos ao extremo ficaram mais raros. Ele começou a priorizar dribles mais calculados, uso de velocidade em transições e menos desgaste físico desnecessário.
Além disso, alguns grandes momentos nas fases finais de torneios foram perdidos por conta dessas limitações físicas cumulativas. O desgaste acumulado tornou mais difícil manter constância em altos níveis por temporadas inteiras.
Como outras lesões se somaram ao trauma inicial?
Após 2014, Neymar teve histórico recorrente de lesões musculares, como nas coxas, entorses nos tornozelos e rupturas de ligamentos internos, além de períodos longos afastado por reconstrução de joelho em 2023.
Esse acúmulo fragilizou sua resistência, e cada novo problema exigiu ainda mais atenção médica e cronograma individualizado.
O que podemos aprender com esse episódio na carreira de Neymar?
A lesão que fez Neymar nunca mais ser o mesmo ensina que, no esporte de alto nível, corpos são frágeis. Mesmo craques precisam adaptar expectativa e método. Quando o limite físico é atingido, inovação tática e inteligência esportiva passam a valer tanto quanto talento.
Para jovens atletas, o caso serve de alerta: prevenção, fortalecimento constante e gestão cuidadosa da lesão não são luxo — são parte da profissão. Cada corpo exige respeito.