O documentário “O Retorno de Simone Biles” aborda como a ginasta americana lidou com o período de afastamento das competições após o anúncio feito durante os Jogos Olímpicos realizados em Tóquio, no Japão. A escolha rompeu paradigmas históricos do esporte de alto rendimento e levantou questionamentos sobre até onde vai a obrigação de competir e os efeitos das cobranças na saúde mental dos atletas.
Quais desafios emocionais a atleta enfrenta ao longo da carreira?
Desde muito jovem, Simone convive com cobranças intensas, expectativas irreais e uma rotina de treinos extremamente rígida. O documentário mostra como a pressão por perfeição constante gera desgaste psicológico, mesmo em atletas consagrados.
Além disso, a produção aborda episódios de ansiedade e bloqueios mentais conhecidos como “twisties”, que afetam diretamente a percepção espacial da ginasta. Ignorar esses sinais poderia resultar em lesões graves, o que reforça a gravidade das decisões tomadas.

Quem são as figuras centrais no apoio emocional de Simone Biles?
O papel da família aparece como elemento fundamental ao longo do documentário. A presença de Ronald Biles e Nellie Biles, avós que se tornaram pais adotivos da atleta, é retratada como uma base de estabilidade emocional.
Além da família, treinadores e profissionais de saúde mental passaram a integrar a rotina da ginasta. O apoio multidisciplinar é apresentado como essencial para sustentar a longevidade esportiva, algo ainda raro em muitas modalidades.
Como o documentário influenciou o debate sobre saúde mental no esporte?
Após o lançamento, atletas de diversas modalidades passaram a relatar experiências semelhantes, rompendo o silêncio histórico sobre sofrimento psicológico. A atitude de Simone Biles abriu espaço para uma conversa mais honesta sobre limites humanos.
O documentário também pressionou federações e comitês esportivos a reverem protocolos. A ideia de que desistir é sinônimo de fraqueza começou a ser questionada, dando lugar a uma abordagem mais responsável e preventiva.
Quais mitos sobre atletas de elite o documentário ajuda a desconstruir?
Um dos principais mitos é o de que atletas de alto rendimento são emocionalmente imunes ao estresse. O documentário mostra que talento e sucesso não eliminam vulnerabilidades psicológicas.
Outro equívoco recorrente é associar afastamentos a falta de comprometimento. Ao contrário, a narrativa reforça que reconhecer limites pode ser um ato de maturidade e preservação, não de abandono. O vídeo abaixo mostra um relato de Biles falando um pouco sobre sua saúde mental em entrevista postado pelo perfil @theinterceptbrasil no TikTok
Qual é o impacto dessa narrativa para jovens atletas e o público geral?
Para jovens atletas, o documentário funciona como um alerta importante sobre autocuidado e comunicação emocional. Ele mostra que buscar ajuda não compromete carreiras, mas pode salvá-las.
Para o público geral, a história amplia o entendimento sobre saúde mental em ambientes de alta pressão. A experiência de Simone Biles dialoga com desafios comuns fora do esporte, como ansiedade no trabalho e medo de falhar.
O que podemos aprender com a história contada no documentário?
A principal lição é que desempenho sustentável depende de equilíbrio emocional. Ignorar sinais internos pode gerar consequências irreversíveis, enquanto ouvir o próprio corpo fortalece trajetórias a longo prazo.
Ao transformar vulnerabilidade em discurso público, Simone Biles redefine o conceito de coragem no esporte. Sua história sugere que o verdadeiro triunfo pode estar em saber parar, refletir e recomeçar.





