Clubes do futebol brasileiro contraíram dívidas elevadas devido a salários altos, grandes investimentos em elencos e infraestrutura, e receitas que nem sempre acompanham os gastos. Clubes como Sport Club Corinthians Paulista e Atlético‑MG SAF figuram entre os mais endividados do país.
Quais clubes estão entre os mais endividados?
O ranking atualizado mostra que o Corinthians lidera com cerca de R$ 1,9 bilhão em dívidas, seguido por Atlético‑MG SAF com cerca de R$ 1,4 bilhão e Cruzeiro SAF com R$ 981,1 milhões. Outros clubes como Vasco da Gama SAF, São Paulo, Internacional e Palmeiras também figuram entre os mais endividados do Brasil.
Clubes com dívidas bilionárias frequentemente recorrem a renegociações com credores e ao uso de receitas maiores em eventos e transmissões para honrar pagamentos e manter operações básicas.

Como a venda de atletas ajuda na sobrevivência financeira?
Uma das principais estratégias para equilibrar finanças é a venda de atletas para clubes nacionais e internacionais. Jogadores formados nas categorias de base ou com grande potencial de mercado são negociados, gerando caixa imediato.
Clubes como São Paulo FC e Santos FC tradicionalmente impulsionam receitas com transferências de jovens talentos. Além disso, clubes conseguem receitas com porcentagens de futuros valores de venda — um mecanismo que ajuda a amortizar dívidas sem comprometer mais dinheiro no curto prazo.
Qual é o papel do sócio‑torcedor e receitas de TV?
Os programas de sócio‑torcedor geram receitas estáveis mensais, essenciais para clubes com despesas fixas elevadas. Além disso, os direitos de transmissão negociados com a CBF e canais de TV pagam aos clubes valores que representam uma das maiores fatias de receita anual.
Mesmo clubes com dívidas elevadas conseguem manter fluxo de caixa recorrente graças a essas fontes estáveis, que ajudam a pagar salários e compromissos financeiros sem depender exclusivamente de receitas de bilheteria. O vídeo do @alvincamisa10 mostra os 10 clubes com mais sócio-torcedores no Brasil, postado no Instagram
Como funcionam as renegociações e alongamentos de dívida?
Clubes frequentemente renegociam seus passivos com bancos, fornecedores e detentores de direitos, diluindo pagamentos ao longo de anos. Isso permite pagar menos no curto prazo e ajustar as contas conforme a capacidade de arrecadação aumenta.
Por exemplo, gestores financeiros buscam alongar prazos e reduzir encargos imediatos, criando um alívio temporário nos balanços. Essa prática é comum em clubes endividados como Vasco da Gama SAF e Cruzeiro SAF, que ainda precisam equilibrar grandes passivos com receitas correntes.
Quais riscos esses clubes ainda enfrentam?
Apesar de estratégias para sobreviver, os clubes brasileiros ainda enfrentam riscos significativos. Flutuações nas receitas de transmissão, queda de performance esportiva e oscilações de patrocínio podem agravar os déficits. Além disso, muitos clubes gastam mais do que arrecadam, criando um ciclo contínuo de endividamento.
A falta de um controle mais rígido de gastos e um modelo financeiro sustentável pode comprometer a capacidade de investir em elencos competitivos e infraestrutura a longo prazo.





