No vestiário que respira alto rendimento, pequenos ajustes viram grandes diferenças. Foi assim com Rodrygo Goes e Dani Carvajal: ao lado da nutricionista Itziar González, eles transformaram a rotina alimentar em ferramenta de performance, reduzindo riscos e afinando o jogo para o que importa, explosão, resistência e recuperação. Em 2024, o Real Madrid integrou o trabalho de Itziar ao clube, institucionalizando a abordagem personalizada que já vinha impactando atletas do elenco.
Em linhas gerais, o foco saiu do “quanto comer” e foi para o “o que e quando comer para o meu corpo e posição”. No caso de Rodrygo, o cardápio ganhou vegetais variados e peixes, com prioridade a fontes que somam micronutrientes e ácidos graxos essenciais ligados a recuperação e controle de inflamação. Relatos internos e entrevistas indicam essa virada alimentar como pilar na estabilidade física do atacante.
Para Carvajal, a guinada foi mais específica: corte de glúten e uma rotina “regrada” que inclui até o famoso brócolis diário. A meta foi controlar sintomas, melhorar a disponibilidade de energia e, principalmente, manter o corpo inteiro numa temporada longa.
A lógica por trás do cardápio sob medida
A metodologia de Itziar, batizada de Fisiogenômica, combina fisioterapia, osteopatia, nutrição terapêutica e nutrigenômica para personalizar escolhas, do tipo de carboidrato às gorduras e fibras que cada atleta tolera melhor. O objetivo não é seguir rótulos alimentares, e sim alinhar dieta, recuperação e prevenção de lesões conforme a resposta do indivíduo.
Por que as escolhas “marinhas e coloridas” favorecem os jogadores?
Peixes e frutos do mar oferecem proteínas de alto valor biológico e compostos associados a recuperação muscular, enquanto a “paleta” de vegetais coloridos amplia o pool de fitonutrientes antioxidantes. Em padrões alimentares atléticos, essa combinação costuma melhorar a resposta inflamatória e sustentar esforços repetidos de alta intensidade, variáveis importantes para aceleração e repetição de sprints.

“Glúten zero” é para todo mundo?
Não. A retirada total do glúten fez sentido para o caso de Carvajal, por sintomas e resposta individual. Em alto rendimento, vale a máxima do “funciona para mim?” e não a do “funciona para todos”. Por outro lado, qualidade de carboidrato, distribuição ao longo do dia e sincronização com treinos costumam beneficiar qualquer perfil de jogador.
Dentro de campo: onde a nutrição aparece
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Explosão e mudança de direção: atletas que toleram bem a sessão por estarem bem nutridos entram e saem de acelerações com menor “custo” fisiológico.
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Resistência específica: quando o tanque rende mais, o treinador ganha minutos de alta intensidade para trocar por decisões táticas.
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Recuperação entre jogos: menos inflamação pós-partida e sono mais estável devolvem o atleta inteiro para o treino seguinte.
Resumo geral do artigo:
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O Real Madrid institucionalizou a nutrição personalizada com Itziar González, aproximando prato e performance.
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Rodrygo ampliou vegetais e peixes; Carvajal cortou glúten e adotou rotina alimentar rígida, com impacto em estabilidade física.
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A lógica da Fisiogenômica é ajustar comida ao corpo e ao momento da temporada, reduzindo risco e maximizando entrega.





