Nesta terça-feira, 23, a associação de tênis da Croácia comunicou o falecimento de Nikola Pilic, aos 87 anos. Além de ter sido uma grande lenda na modalidade pelo país, o ex-jogador foi um dos primeiros mentores do multicampeão Novak Djokovic. Ele também capitaneou diversas equipes que conquistaram a Copa Davis.
Pilic iniciou a sua carreira na cidade de Split, em 1953. Quatro anos depois, o ex-atleta já representava a seleção juvenil da antiga Iugoslávia. O melhor desempenho de sua carreira no simples ocorreu em 1973, quando chegou à final de Roland Garros. Na ocasião, Nikola foi derrotado por Ilie Nastase.
Já nas duplas, Pilic conquistou o título do US Open ao lado de Pierre Barthes. Quando se aposentou, se destacou como técnico de grandes nomes do tênis, como Goran Ivanisevic (que, por sua vez, treinou Djokovic entre 2018 e 2024), Michael Stich e Boris Becker.
Djokovic e Pilic: um laço especial no tênis
Novak já havia pontuado o papel do croata em sua carreira. “Nikola é meu pai no tênis. Um mentor. Um homem que compartilhou de forma altruísta seu conhecimento e experiência sobre o tênis e a vida comigo. Sua adorável esposa, Mija, e ele me receberam de braços abertos na academia de tênis deles, na Alemanha, e me trataram como se eu fosse seu próprio filho”, contou Djokovic.
Pilic, por sua vez, já defendeu o vencedor de 24 Grand Slams em público. O ex-jogador alegou que o mundo ocidental tem dificuldades de aceitar a dominância de Djokovic no tênis global.
“Acho que o sucesso dele feriu o Ocidente de uma forma diferente”, chegou a dizer Pilic à mídia croata. “Pela forma como eles entendem as coisas, o nível que Djokovic alcançou estava reservado para alguém do Ocidente”.
A lenda ainda completou: “E então aparece um cara de um país pequeno para dominar o mundo do tênis. Se Roger Federer tivesse feito o que Djokovic fez no US Open de 2020, ele não teria sido desclassificado. [O Ocidente] tem um problema com Djokovic ser o melhor”.
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