A história desse clássico do futebol começou em 1914, quando o Clube do Remo e o Paysandu Sport Club se enfrentaram pela primeira vez. O duelo surgiu de um desentendimento entre dirigentes, que transformaram a disputa em rivalidade permanente.
Com o tempo, os encontros passaram a representar não apenas a supremacia esportiva local, mas também um sentimento de pertencimento. Para muitos torcedores, apoiar Remo ou Paysandu significa herdar tradições familiares e fortalecer laços comunitários.
Quais fatos poucos conhecem sobre esse clássico?
Além dos mais de 700 confrontos já disputados, alguns episódios curiosos marcaram o Re-Pa. Em 1939, por exemplo, um jogo terminou em confusão generalizada, obrigando a federação local a intervir.
Outro fato pouco lembrado é que o clássico já foi disputado em competições nacionais importantes, como Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Nessas ocasiões, o país inteiro pôde acompanhar de perto a intensidade da rivalidade paraense.

Quem foram os protagonistas mais marcantes da história do Re-Pa?
Diversos jogadores e técnicos se tornaram símbolos do clássico. Entre eles, o atacante Quarentinha, ídolo do Remo, e Helinho, destaque histórico do Paysandu. Ambos protagonizaram momentos decisivos em jogos que ficaram na memória da torcida.
Além dos atletas, as torcidas organizadas também exercem papel fundamental. Elas transformam o clássico em um espetáculo à parte, com faixas, cânticos e mosaicos que impressionam quem acompanha no estádio Mangueirão.
Como Remo x Paysandu influenciou a cultura do Pará?
O Re-Pa vai muito além do futebol. Em dias de clássico, Belém praticamente para. Bares, praças e ruas se enchem de torcedores vestidos de azulino ou bicolor, reforçando a identidade cultural da região.
A rivalidade também se reflete em expressões artísticas, músicas e até no comércio local. Para muitos paraenses, o clássico é uma celebração coletiva que ultrapassa gerações.
Quais mitos ou equívocos cercam a rivalidade?
Um mito comum é que apenas os grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo, abrigam clássicos de grande relevância. No entanto, o Re-Pa já reuniu mais de 50 mil torcedores em uma única partida, superando públicos de confrontos nacionais.
Outro equívoco é pensar que o clássico perdeu força nos últimos anos. Mesmo com oscilações de desempenho dos clubes, o Re-Pa continua sendo um dos jogos mais aguardados do calendário esportivo paraense.
Qual é o impacto de Remo x Paysandu para as novas gerações?
Para os jovens torcedores, o clássico é uma oportunidade de vivenciar tradições herdadas de pais e avós. Muitos crescem frequentando o Mangueirão desde cedo, aprendendo a torcer e compreender a história de seus clubes.
O impacto também é digital: nas redes sociais, provocações e memes mantêm a rivalidade acesa em um novo formato, aproximando ainda mais o público jovem. Assim, o Re-Pa segue vivo tanto nas arquibancadas quanto nas telas.
O que podemos aprender com a rivalidade entre Remo e Paysandu?
O clássico ensina que o futebol é muito mais do que gols e vitórias. É memória, pertencimento e emoção compartilhada. O Re-Pa mostra como o esporte pode unir e dividir ao mesmo tempo, criando uma identidade única para uma região.
Ao revisitar essa rivalidade, torcedores de qualquer parte do país podem redescobrir o verdadeiro espírito do futebol brasileiro: paixão, tradição e intensidade que resistem ao tempo.





