O Grande Prêmio de Mônaco de 2025 trouxe à tona diversas questões sobre a dinâmica das corridas de Fórmula 1, especialmente em circuitos onde ultrapassar é uma tarefa quase impossível. Carlos Sainz, piloto da Williams, foi um dos mais vocais ao criticar a corrida, que terminou em décimo lugar. Ele destacou uma situação em que, devido à estratégia de ritmo lento adotada por alguns pilotos, o pelotão ficou retido, beneficiando as estratégias de equipe.
Sainz expressou seu descontentamento com a corrida: “Isso é algo que eu não gosto e não gosto de ver. Infelizmente, Lawson fez primeiro com a gente e nós não esperávamos. Isso nos colocou em um pânico e a única solução que tivemos foi fazer o mesmo com o resto do grid nós mesmos. Só estou um pouco desapontado com toda a corrida e o fim de semana, mostra que a mudança para duas paradas em Mônaco não é nada e que as pessoas ainda vão fazer o que fizemos hoje. Estou muito desgostoso com esta corrida e, na verdade, com o esporte em geral. Não corremos uma corrida, fizemos o que quisemos.”
Como a manipulação de corridas afeta a Fórmula 1?
A manipulação de corridas é um tema recorrente na Fórmula 1, especialmente em circuitos como o de Mônaco, onde as ultrapassagens são raras. Sainz sugeriu que uma regra mais rígida contra a manipulação de ritmo poderia ser uma solução. Ele lembrou que, no passado, penalidades severas eram aplicadas por manipulação de resultados, algo que parece ter sido esquecido nos dias de hoje.
Max Verstappen, da RBR, também compartilhou suas frustrações. Ele destacou a dificuldade de ultrapassar no circuito, mesmo quando seus pneus estavam desgastados. Verstappen ironizou a situação, comparando a corrida a um jogo de “Mario Kart“, onde elementos inesperados podem mudar o curso da competição.

Quais soluções podem melhorar o GP de Mônaco?
George Russell, da Mercedes, propôs uma solução inusitada para tornar a corrida mais emocionante: a instalação de sprinklers que poderiam ser ativados por um piloto de cada equipe durante o fim de semana. Essa ideia, embora irônica, reflete a frustração dos pilotos com a falta de ação em Mônaco.
Russell também destacou que, sem chuva, o GP de Mônaco não proporciona uma verdadeira corrida. Ele mencionou que a maioria das pessoas que assiste ao evento não está lá pelo espetáculo esportivo, mas sim pela experiência social que o evento proporciona.
Qual o futuro das corridas em circuitos urbanos
Isack Hadjar, da RB, compartilhou suas dificuldades em manter o foco durante a longa corrida, uma vez que a falta de ação tornava o evento monótono. Ele revelou que, em alguns momentos, acelerava propositalmente para se manter alerta.
Essas críticas e sugestões destacam a necessidade de repensar as estratégias e regulamentos para corridas em circuitos urbanos como Mônaco. A Fórmula 1 enfrenta o desafio de equilibrar tradição e inovação para garantir que as corridas sejam emocionantes e justas para pilotos e espectadores.