A Fórmula 1, com sua velocidade e tecnologia de ponta, sempre foi um esporte de alta adrenalina, mas também um dos mais perigosos. Ao longo da história, grandes acidentes marcaram momentos trágicos que, felizmente, levaram a mudanças significativas nas regras de segurança, salvando vidas incontáveis e tornando as corridas mais seguras para pilotos e equipes. Neste artigo, vamos relembrar alguns dos acidentes mais impactantes na história da F1 e como eles ajudaram a moldar a segurança que conhecemos hoje.

O acidente fatal de Ayrton Senna (1994)
O trágico acidente de Ayrton Senna durante o GP de San Marino de 1994 é um dos marcos mais sombrios da história da Fórmula 1. Senna, um dos maiores pilotos da história do esporte, perdeu a vida após um acidente fatal na curva Tamburello. O impacto foi tão forte que provocou uma série de mudanças severas nas normas de segurança da F1, incluindo melhorias nos capacetes, nos sistemas de proteção das cabeças e na estrutura do carro.
Após esse acidente, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) implementou várias mudanças para aumentar a segurança dos pilotos, como a introdução do sistema HANS (Head and Neck Support), que protege a cabeça e o pescoço durante impactos fortes. Além disso, as normas de construção dos carros foram aprimoradas, com foco em tornar as monoplazas mais seguras em caso de acidente. A morte de Senna, junto com o acidente fatal de Roland Ratzenberger , também no GP de San Marino, foi um divisor de águas para a segurança no automobilismo (Fonte: F1 Official ).
O acidente de Niki Lauda (1976)
Outro acidente marcante que levou a grandes mudanças de segurança na F1 foi o do piloto Niki Lauda , durante o GP da Alemanha de 1976 , no Circuito de Nürburgring. Lauda sofreu um grave acidente quando seu carro se incendiou após bater em uma curva. O fogo queimou a maior parte de seu rosto e feriu sérios danos aos pulmões, mas surpreendentemente, ele voltou a correr apenas seis semanas depois. Esse incidente gerou uma necessidade urgente de melhorias no equipamento de segurança dos pilotos.
A partir do acidente de Lauda, os capacetes passaram a ser desenvolvidos com maior resistência ao fogo e ao impacto, e o uso de roupas anti-chamas se tornou obrigatório. A FIA também passou a adotar mais medidas de segurança para proteger a integridade física dos pilotos, criando uma base para o que hoje conhecemos como os modernos sistemas de segurança e os carros de F1 mais protegidos (Fonte: Motorsport ).
O acidente de Jules Bianchi (2014)
Em 2014, o piloto francês Jules Bianchi sofreu um grave acidente no GP do Japão , quando seu carro saiu da pista e bateu em um guindaste que estava retirando outro carro acidentado. Bianchi sofreu uma lesão cerebral grave e faleceu em 2015, o que gerou uma forte evidência da comunidade da F1. Esse acidente provocou mudanças cruciais nas regras de segurança, incluindo a introdução do sistema Halo , um dispositivo de proteção que envolve a parte superior do cockpit para proteger a cabeça do piloto em caso de colisões.
O acidente de Bianchi foi um dos maiores impulsionadores da introdução do Halo, que se tornou obrigatório em 2018. O sistema Halo protege a cabeça dos pilotos de possíveis impactos com objetos, como rodas de outros carros ou até mesmo o impacto contra o solo durante acidentes. Desde sua implementação, o Halo foi creditado como uma das inovações mais eficazes em termos de segurança (Fonte: F1 Official ).
O acidente de Felipe Massa (2009)
Em 2009, o piloto brasileiro Felipe Massa sofreu um grave acidente no GP da Hungria , quando uma mola desprendida do carro de Barrichello atingiu sua cabeça durante a qualificação. Massa a consciência perdida e foi levado ao hospital com uma lesão grave na cabeça. Felizmente, ele se recuperou, mas esse acidente gerou um grande impulso para melhorias no design dos capacetes e no sistema de segurança da F1.
Após o acidente de Massa, a FIA intensificou os critérios para os capacetes, exigindo maior resistência e proteção para os pilotos, além de tornar obrigatório o uso de uma tela de proteção adicional, a viseira de segurança , para evitar danos causados por objetos externos. Além disso, as mudanças também ocorreram no desenvolvimento de sistemas como o Sistema de Absorção de Impacto (HANS) e melhorias no design dos cockpits, para que os pilotos visitados mais protegidos (Fonte: BBC Sport ).





