Nesta sexta-feira, 24, Novak Djokovic se despediu do Australian Open de forma amarga. O jogador disputava as semifinais contra Alexander Zverev quando sentiu uma lesão e precisou deixar a quadra. Assim, o alemão enfrentará Jannik Sinner na disputa pelo título. Em entrevista, ‘Djoko’ lamentou os desdobramentos.
“Eu não batia na bola desde o jogo contra o Carlos Alcaraz (quartas) e até uma hora antes da semifinal. Eu fiz tudo que eu podia para cuidar dessa ruptura muscular. Medicamentos, esparadrapos e fisioterapia, tudo isso melhorou um pouco a situação. Mas no final do 1º set, eu comecei a sentir muito mais dor. Foi muito difícil para mim e ter que lidar com essa dor nesse momento. Um final infeliz, mas eu tentei”, cravou o sérvio.
Havia chances de Djokovic seguir no jogo?
“Se eu continuaria no jogo se tivesse vencido o 1º set? Talvez. Se eu tivesse vencido, eu tentaria continuar, não sei, por mais alguns games ou talvez mais meio set, eu não sei. Estava piorando muito. Eu sabia que mesmo se tivesse vencido o 1º set, ainda seria uma batalha muito grande para aguentar o desgaste físico dos rallys por mais, sei lá, duas, três ou quatro horas. Infelizmente, eu acho que não tinha combustível para isso no tanque”.
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Além do amargor da lesão, Djokovic vislumbrou outro cenário de angústia: de o atual Australian Open ter sido, talvez, o seu último. O jogador de 37 anos reconhece as limitações físicas e entende que o fim da carreira no tênis está próximo. Seus colegas no ‘Big 3’, Roger Federer e Rafael Nadal, se despediram das quadras em 2022 e 2024, respectivamente.
O último Australian Open da carreira?
“Existe essa chance (de ser o último Australian Open), quem sabe? Eu preciso ver como será a temporada, eu quero continuar jogando, mas se eu vou mudar o o planejamento para próximo ano, eu ainda não tenho certeza”, confessou.
“Geralmente, eu gosto de jogar aqui. Aqui foi onde eu tiver o maior sucesso da minha carreira. Então, se eu estiver saudável e motivado, eu não vejo um motivo para não vir, mas que existe uma chance (de ter sido o último), ela existe”.