Andrey Rublev é o próximo adversário de João Fonseca, na estreia da chave principal do Australian Open. Aos 27 anos, o tenista russo é um dos grandes nomes da atual geração, se mantendo por semanas consecutivas no top-10 mundial, mas passou por momento muito delicado no último ano. Em luta contra depressão e ansiedade, o atleta abriu o jogo sobre os desafios que enfrentou em 2024.
Em entrevista ao jornal britânico ‘The Guardian’, Rublev falou sobre o momento em que as coisas começaram a desandar em sua vida. Segundo o russo, a pior fase que enfrentou foi após Wimbledon de 2024, quando foi eliminado de forma precoce na primeira fase. O algoz do tenista foi Francisco Comesana, 122º colocado do ranking mundial na época, que nunca tinha vencido um jogo no circuito ATP.
A ansiedade foi o maior rival de Rublev em 2024
“Esse foi o pior momento que enfrentei em relação a mim mesmo. Não era sobre tênis. Tinha a ver comigo mesmo, como se depois daquele momento eu não via a razão de viver a vida. Tipo, para quê? Isso parece um pouco dramático, mas os pensamentos dentro da minha cabeça estavam me matando, criando muita ansiedade, e eu não aguentava mais. Eu comecei a ter um pouco de bipolaridade”, disse Rublev.
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Após esse evento, o tenista revelou que passou a se medicar com anti-depressivos, mas achava que não estavam fazendo efeito. Dessa forma, Marat Safin, ex-número 1 do mundo, foi uma peça fundamental na vida do atleta. Rublev revelou que teve conversas importantes com o compatriota e isso o trouxe resoluções.
“Ele (Marat Safin) me fez perceber muitas coisas e aí comecei a trabalhar com psicóloga. Aprendo muito sobre mim mesmo e embora não me sinta feliz ou no lugar feliz que gostaria de estar, não sinto mais aquela ansiedade louca e o estresse de não entender o que fazer da minha vida”, comentou o número 9 do mundo.
Prestes a entrar em quadra pelo Australian Open, em jogo marcado para a próxima segunda-feira, 13, contra João Fonseca, Rublev diz que não está tão bem quanto gostaria. Porém, garante que sente muito melhor do que em outros momentos. “Eu estou, definitivamente, me sentindo muito melhor”, afirmou.