Os 366 dias de 2024 pareceram ainda mais longos para o torcedor do Corinthians. Um ano que começou com incertezas e terminou com a estrela holandesa Memphis no comando do ataque. “Altos e baixos” é pouco para definir a temporada inaugural da gestão de Augusto Melo, eleito em 2023 e presidente até 2026.
Reestruturação no elenco e um Paulistão complicado
Com a saída de ídolos como Renato Augusto, Fábio Santos e Gil, o início de 2024 foi marcado por reestruturações. O técnico Mano Menezes precisou recorrer à base para completar o banco no Paulistão, mas os resultados não vieram, culminando em sua demissão.
António Oliveira assumiu e, apesar de reforços como Félix Torres, Raniele e Rodrigo Garro, a campanha no estadual foi decepcionante. O momento de alívio veio em um heroico 2 a 2 contra o Palmeiras, na Arena Barueri, com dois jogadores a menos e gol de falta de Garro no último minuto. Porém, o Corinthians foi eliminado ainda na primeira fase.
A nossa temporada 2️⃣0️⃣2️⃣4️⃣ em números! 📈#VaiCorinthians pic.twitter.com/saBGTui237
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A despedida de Cássio
A temporada também foi marcada pela despedida do goleiro Cássio, uma lenda alvinegra. Em 12 anos de clube, ele acumulou 712 partidas e nove títulos, incluindo a Libertadores e o Mundial de Clubes de 2012.
Seu último jogo foi uma derrota por 1 a 0 contra o Argentinos Juniors, pela Sul-Americana, em abril. Após críticas, desabafou: “Se eu estiver atrapalhando o Corinthians, se não estiver agradando… Para mim está muito difícil também.” Afastado pelo técnico António Oliveira e substituído por Carlos Miguel, Cássio deixou o clube e atualmente defende o Cruzeiro.
Brasileirão: do Z-4 à Pré-Libertadores
No Campeonato Brasileiro, António Oliveira não conseguiu bons resultados e foi demitido com o time na 19ª posição. Ramón Díaz assumiu e deu nova vida à equipe, afastando-a da zona de rebaixamento e liderando uma impressionante sequência de nove vitórias nas rodadas finais, um recorde no Brasileirão.
O Corinthians terminou em sétimo, garantindo vaga na Pré-Libertadores, com Yuri Alberto como destaque e artilheiro do torneio, ao lado de Alerrandro, com 15 gols.
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Copa do Brasil e Sul-Americana: euforia e frustração
Nas competições mata-mata, o Timão chegou às semifinais da Copa do Brasil e da Sul-Americana. Hugo Souza brilhou em decisões de pênaltis, sendo decisivo contra o Grêmio e o Red Bull Bragantino.
Apesar da empolgação, o time foi eliminado pelo Flamengo na Copa do Brasil e pelo Racing na Sul-Americana. Ramón Díaz recebeu críticas da torcida, mas a classificação para a Libertadores amenizou a pressão.
Crise política e patrocínio polêmico
Fora de campo, a gestão de Augusto Melo enfrentou turbulências, especialmente com a saída do patrocinador Vai de Bet. O contrato de R$ 370 milhões foi rompido após suspeitas de irregularidades financeiras envolvendo repasses a uma empresa laranja.
Uma investigação interna gerou tensões no Conselho Deliberativo, e a votação para responsabilizar a gestão foi adiada para 2025 após Melo obter uma liminar judicial.
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