A Bola de Ouro, entregue pela France Football, é uma das premiações individuais mais prestigiadas do futebol mundial. Até 1995, o prêmio era concedido apenas a jogadores europeus, o que impediu grandes ícones do futebol mundial de serem reconhecidos formalmente. Entretanto, após a abertura do prêmio para jogadores de outras nacionalidades, craques de diversas partes do mundo passaram a ser considerados, e alguns não europeus deixaram seu nome na história da Bola de Ouro. Abaixo, exploramos quem são esses jogadores e suas contribuições marcantes para o futebol.
Pelé e Diego Maradona: Reconhecimentos retroativos
Pelé, o “Rei do Futebol”, conquistou a honra de três Bolas de Ouro de maneira retroativa em 2016, relativas aos anos de 1958, 1959 e 1960. Apesar de sua elegibilidade original ter sido impedida pela regra de exclusividade para europeus, sua habilidade e domínio do futebol mundial foram finalmente reconhecidos pela France Football.
Outro nome essencialmente atemporal, Diego Maradona também recebeu o reconhecimento retroativo de duas Bolas de Ouro, referentes a 1986 e 1990. Maradona foi o ícone que levou a Argentina ao título da Copa do Mundo de 1986, com sua habilidade incomparável, protagonizando momentos memoráveis e inspirando gerações com seu estilo único e apaixonante.
George Weah, o primeiro não europeu a vencer o prêmio
Em 1995, o liberiano George Weah se tornou o primeiro jogador não europeu a conquistar a Bola de Ouro. Atuando pelo Milan, Weah destacou-se por sua habilidade técnica, velocidade e poder de finalização. Sua conquista foi histórica também para o continente africano, tornando-se até hoje o único jogador da África a ganhar o prêmio.

Brasil e sua dominância na Bola de Ouro
- Ronaldo Fenômeno: uma lenda do Brasil
- Ronaldo, o “Fenômeno”, marcou a história da Bola de Ouro ao conquistar o prêmio duas vezes: em 1997 e em 2002. Sua habilidade única, combinando força e agilidade, junto com seu poder de drible, o consagraram como um dos maiores atacantes da história do futebol. Suas atuações na Inter de Milão, Barcelona e Real Madrid, além da brilhante Copa do Mundo de 2002, foram fundamentais para que fosse reconhecido mundialmente.
- Rivaldo: talento e precisão
- O brasileiro Rivaldo venceu a Bola de Ouro em 1999, ano em que suas atuações memoráveis pelo Barcelona e pela seleção brasileira destacaram sua visão de jogo, precisão e habilidade em lances decisivos. Rivaldo foi essencial na conquista da Copa América de 1999, onde foi artilheiro e eleito o melhor jogador do torneio.
- Ronaldinho Gaúcho: o brilho de um gênio
- Ronaldinho Gaúcho encantou o mundo do futebol com seu estilo alegre e habilidades impressionantes, vencendo a Bola de Ouro em 2005. Jogando pelo Barcelona, ele mostrou ser um verdadeiro gênio com a bola, realizando jogadas que se tornaram inesquecíveis para os fãs e definindo uma era de ouro do clube catalão. Sua vitória representou a essência do futebol brasileiro, cheia de talento e improviso.
- Kaká: o último brasileiro
- Kaká foi o último brasileiro a vencer a Bola de Ouro, em 2007, antes da era Messi e Cristiano Ronaldo. Suas atuações no Milan, especialmente na Liga dos Campeões, demonstraram sua qualidade técnica, visão de jogo e eficiência como meia-atacante. Kaká marcou uma era e é lembrado até hoje como um dos grandes nomes da história recente do futebol.
Lionel Messi, o maior vencedor não é europeu
Lionel Messi, com sete Bolas de Ouro, é o jogador com mais títulos na história do prêmio. Desde sua primeira vitória em 2009, o argentino manteve um nível de excelência raro, consolidando-se como um dos maiores jogadores da história do futebol. Com habilidades técnicas incomparáveis, capacidade de decisão e impacto global, Messi ultrapassou barreiras e inspirou gerações ao longo de sua carreira.
Favoritos para Bola de Ouro de 2024
Para a edição de 2024, dois nomes se destacam entre os favoritos ao prêmio: Vinícius Júnior, do Real Madrid, e Rodri, do Manchester City. Vinícius Júnior vive uma fase espetacular, sendo o principal nome do ataque do Real Madrid. Seu desempenho, velocidade e habilidade no drible o tornaram um dos jogadores mais empolgantes da atualidade, e ele foi crucial na Champions League (considerado o melhor jogador da competição) e em La Liga, o que eleva suas chances de disputar o topo do futebol mundial.
Rodri, por sua vez, foi essencial na temporada passada para o Manchester City, sendo um dos pilares na conquista da Premier League e com a seleção espanhola ele foi crucial para o título da Eurocopa. Sua inteligência tática, controle de bola e capacidade de dominar o meio-campo colocaram-no em evidência e consolidaram-no como um dos melhores jogadores da sua posição. Essa consistência e liderança fazem dele um candidato forte e um possível nome para quebrar a hegemonia de atacantes na conquista do prêmio.