O tenista espanhol Carlos Alcaraz, atual número 3 do mundo, saiu em defesa do seu rival Jannik Sinner, número 1 do ranking, após a Agência Mundial Antidoping (Wada, em inglês) entrar com recurso no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS/CAS) para contestar a absolvição do italiano pela ITIA (Agência Internacional de Integridade do Tênis) em um caso de doping.
“Tudo isso é péssimo para o Jannik e para o tênis. Pensávamos que estava tudo resolvido, mas afinal ainda não está. É complicado que esta situação volte a ser um tema. É ruim para todos. Todos estão de olho nele e olhando de forma diferente. Sinceramente, espero que tudo passe rapidamente para que ele possa focar naquilo que realmente gosta de fazer, que é jogar tênis”, declarou Alcaraz em entrevista coletiva no ATP 500 de Pequim.
O episódio remete a março deste ano, quando Sinner testou positivo para clostebol, substância proibida, durante o Masters 1000 de Indian Wells. O italiano, entretanto, alegou contaminação acidental devido ao uso de uma pomada prescrita por seu fisioterapeuta. Apesar de perder os pontos e prêmios do torneio, Sinner foi absolvido pela ITIA após um tribunal independente aceitar sua explicação, descartando culpa ou negligência.
A situação tomou um novo rumo com o apelo da Wada, que, se bem-sucedido, pode afastar Sinner das quadras por um período de um a dois anos. O imbróglio ganhou destaque durante o ATP 500 de Pequim, onde o italiano estava em quadra contra o russo Roman Safiullin quando a notícia do recurso veio à tona.
Tanto Sinner quanto Alcaraz seguem vivos no torneio, com chances de se enfrentarem na final. Nas semifinais, o espanhol duela contra o russo Daniil Medvedev, enquanto o italiano enfrenta o chinês Yunchaokete Bu.
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