Isaquias Queiroz se igualou aos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, com cinco medalhas olímpicas. Na Olimpíada de Paris, o canoísta conquistou a medalha de prata na categoria C1 1000m e proporcionou uma das decisões mais emocionantes de atletas brasileiros, com uma arrancada memorável nos últimos metros da disputa.
O medalhista olímpico chegou como o atual campeão da prova, mas acabou tendo um resultado abaixo do esperado na disputa da C2 500m, categoria que foi finalista, mas encerrou fora do pódio junto com Jacky Godmann. Dessa forma, temendo deixar a capital francesa sem nenhuma medalha, Isaquias revelou o que sentiu nas águas parisienses.
“Tive um pouco de medo. A prova é desgastante, e senti que a medalha ia escapar. Os outros estavam muito à frente. No fim, era tudo ou nada. Se eu saísse sem medalha, pelo menos ia sair sabendo que dei meu máximo, tudo que tinha que dar”, disse o canoísta em entrevista ao ‘GE’.
Como disse anteriormente, Isaquias realmente se esforçou ao máximo. Na última parcial da prova, na marca dos 250 metros, o brasileiro estava na quinta colocação. Aos poucos, o atleta foi se colocando na briga pelo pódio e, com menos de 100 metros restantes, arrancou rumo à medalha de prata.

“Claro que queríamos o ouro. Não veio, mas o cenário todo deu até um gostinho de ouro. Minha prova pode ser referência para nós, brasileiros, nunca desistirmos dos nossos sonhos, dos objetivos. Mostrei que, mesmo nos momentos mais difíceis, temos que acreditar e ir para cima. Para mim, essa disputa também vai ficar marcada na história, pela recuperação não só física, mas também mental”, afirmou o medalhista.