A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) anunciou que, para a temporada de 2024/2025, as Superligas Masculina e Feminina de vôlei implementarão o sistema de desafio em todas as partidas. Esta medida visa trazer mais segurança e justiça às competições, atendendo a solicitações antigas de clubes e torcedores.
Investimento em tecnologia e capacitação pela CBV
Para viabilizar a iniciativa, a CBV está nos ajustes finais para adquirir seis novos equipamentos, totalizando 18 kits disponíveis para uso. O investimento destinado a este projeto gira em torno de 3 milhões de reais, além de aproximadamente 1 milhão destinado a cobrir custos operacionais e logísticos, valores estes que antes eram de responsabilidade dos clubes.
Com o objetivo de garantir o uso eficiente do novo sistema, a CBV também investiu na capacitação de mais 14 operadores em um curso realizado no Centro de Desenvolvimento do Voleibol Enel, em Saquarema, Rio de Janeiro. Este curso é parte dos esforços da confederação para modernizar e equilibrar a maior competição de vôlei do país.
Análise e expectativas por parte da CBV
O presidente da CBV, Radamés Latari, enfatizou a importância do sistema de desafio para a equidade nas partidas, afirmando que este movimento reforça o compromisso da confederação com a integridade do esporte e com os torcedores. Comunicado oficial da CBV pontua: “Era um desejo da CBV, dos clubes e dos torcedores. Ao assumir também os custos de operação, estamos garantindo a uniformidade do uso da tecnologia em todas as partidas”.
Jorge Bichara, diretor técnico da CBV, acrescentou que a confederação busca constantemente a evolução da Superliga. “Estamos sempre focados em aprimorar a competição, tornando-a cada vez mais moderna e justa. O sistema de desafio é um passo importante nessa direção”, comentou.
Impacto para o vôlei brasileiro
A adoção do sistema de desafio nas Superligas representa um avanço significativo para o vôlei brasileiro, colocando a competição nacional em linha com as principais ligas internacionais que já adotaram tecnologias semelhantes. Este esforço integra um movimento mais amplo da CBV para modernizar o voleibol no país, não apenas em termos tecnológicos, mas também estruturais e organizacionais.
Espera-se que a introdução uniforme desta tecnologia ajude a mitigar erros de arbitragem, um dos fatores que podem influenciar o resultado das partidas. Com todos os jogos das Superligas cobertos pelo sistema de desafio, clubes e atletas poderão competir em condições mais equânimes, aumentando a competitividade e a profissionalização do esporte no Brasil.