João Fonseca vive um momento mágico no tênis. Aos 19 anos, o jovem brasileiro conquistou o título do ATP da Basileia e começou muito bem a campanha no Masters 1000 de Paris. Em pouco tempo, ele deixou de ser apenas uma promessa e passou a ser visto como uma realidade. O talento é evidente, a confiança contagia, e a torcida brasileira, carente de ídolos no esporte, já se enche de esperança. Mas é justamente nesse ponto que precisamos ter cuidado.
O sucesso rápido pode enganar. É natural que a empolgação tome conta quando um jovem talento desponta, mas o tênis é um esporte de paciência, altos e baixos, vitórias e derrotas. Nenhum gigante da modalidade venceu tudo aos 19 anos. Nem Federer, Nadal ou Djokovic tiveram um caminho sem tropeços. Todos erraram, caíram e aprenderam. O mesmo vai acontecer com João. Ele ainda vai perder e perder bastante. Isso não é um sinal de fraqueza, é apenas o processo natural de amadurecimento.
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O torcedor precisa entender que a trajetória de um atleta é feita de tempo e aprendizado. Cada derrota ensina algo, cada vitória reforça o caminho. Colocar em João Fonseca o peso de “salvar” o tênis brasileiro é injusto e até perigoso. A pressão pode virar um fardo que atrapalha o crescimento. O melhor que o público pode fazer agora é aproveitar o momento, vibrar com as vitórias e aceitar as derrotas com serenidade.
Afinal, no tênis, mais se perde do que se ganha. O importante é que João está mostrando potencial, dedicação e amor pelo esporte. Com apenas 19 anos, ele tem um futuro lindo pela frente. Que o torcedor saiba viver esse presente com equilíbrio, sem expectativas exageradas, e confie que o tempo vai fazer do jovem um grande campeão, no ritmo que for o dele, sem pressa.





