Em 2024, Rafael Nadal, um dos maiores tenistas de todos os tempos, anunciou sua aposentadoria. Após uma carreira brilhante, com 22 títulos de Grand Slam, sendo 14 deles em Roland Garros (recordista na competição), o espanhol deu fim ao seu ciclo como jogador profissional. Após 23 anos no circuito mundial, o veterano relembrou momento que poderia ter encerrado sua carreira, aos 17 anos.
Logo no início de sua carreira, quando tinha apenas 17 anos, Nadal sofreu uma lesão que poderia ter acabado com sua trajetória no tênis. O que parecia uma pequena contusão no pé, a princípio, foi diagnosticado como uma doença sem cura. O espanhol sofreu durante todas essas temporadas com a Síndrome de Mueller Weiss, uma condição rara e degenerativa localizada na planta do pé.
Nadal lidou por mais de 20 anos com dores
“Me machuquei quando tinha 17 anos e me disseram que provavelmente nunca mais jogaria tênis profissionalmente. Aprendi que as coisas podem acabar num instante. Não é apenas uma pequena rachadura no meu pé, é uma doença. Não há cura, apenas gerenciamento: a Síndrome de Mueller-Weiss”, disse o ex-jogador ao ‘The Players Tribune’.
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Dessa forma, o espanhol revelou que esse momento sua carreira foi colocada em dúvida e, com pouca idade, isso foi muito complicado de lidar. “O que isso significa? Você passa da maior alegria até acordar na manhã seguinte sem conseguir andar. Passei muitos dias chorando em casa”, comentou Nadal.
Porém, apesar desse momento ser uma marca negativa em sua trajetória, o espanhol afirmou que essas dores trouxeram uma lição muito importante para sua carreira profissional e vida pessoal. O ex-atleta disse que seu pai, Sebastián Nadal, teve uma função muito importante nesse período e sempre o tranquilizou. O espanhol comentou que sempre tentou levar essa condição com otimismo, mas, caso realmente tivesse que parar de jogar, tinha o apoio para encontrar novos rumos.
“’Encontraremos uma solução’, dizia meu pai. ‘E se não o fizermos, há outras coisas na vida fora do tênis’. Ao ouvir essas palavras, mal consegui processar, mas graças a Deus, depois de muita dor, cirurgias, reabilitação e lágrimas, uma solução foi encontrada e, durante todos esses anos, fui capaz de lutar contra isso”, completou o maior vencedor da história de Roland Garros.