Recentemente, veio à tona a notícia de um pequeno afastamento de Iga Swiatek, atual número 2 do mundo, por testar positivo em teste antidoping. Com suspensão de apenas um mês e divulgação do resultado após cumprir a pena, o processo da polonesa foi julgado como privilegiado por algumas tenistas. Em entrevista ao ‘New Balls Please’, Bia Haddad Maia deu sua opinião sobre o caso.
A punição de Iga foi branda, pois passou por investigação da Agência Internacional de Integridade do Tênis e foi determinado que a origem do resultado foi de um medicamento contaminado. Foi constatada a presença de trimetazidina no corpo da polonesa. Bia Haddad Maia não duvida da forma como a tenista ingeriu a substância proibida, mas faz ressalva.
Bia Haddad confia em Swiatek e relembra suspensão
“Claro que a gente fica triste de acontecer casos como esse. Tenho certeza de que a Iga jamais tomaria alguma coisa para ter algum benefício de performance. Conheço a índole dela e os valores do time, eles são extremamente profissionais. Quanto a isso não tenho dúvida”, iniciou a paulista de 28 anos.
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“Mas é questão é como o processo é diferente para cada julgamento. Acho que eles tratam diferente cada caso. Isso é muito desigual. Para começar, nem todos estão na mídia e nem todos têm como pagar advogados. Os casos dela e do [Jannik] Sinner foram muito parecidos, que teve contaminação, seja num creme ou num remédio”, complementou Bia.
Para exemplificar como os julgamentos são diferentes em casos de jogadoras menos badaladas, a brasileira relembrou a situação que Simona Halep passou, na qual ingeriu um suplemento contaminado flagrado no teste. Porém, o julgamento foi muito mais demorado e, de início, a romena recebeu uma suspensão de quatro anos que, posteriormente, foi reduzida a nove meses.
Entre 2019 a 2020, pelo mesmo motivo, Bia Haddad também sofreu com uma punição de nove meses, que considera que não teve o mesmo tratamento que Swiatek. “É muito triste o tratamento. Por que eu tive que esperar tantos meses para provar minha inocência? Eu voltei sendo 1.300 do ranking e já tinha sido 58ª do mundo. Tive que começar do zero e ganhei meu primeiro título depois da suspensão passando por muita dificuldade. Perdi tudo, literalmente”, comentou a brasileira.