Nadadora surda, Suzanna Hext está prestes a experimentar um momento único e emocionantemente novo: ouvir a torcida durante os Jogos Paralímpicos em Paris 2024. A partir desta sexta-feira, a atleta de 35 anos poderá ouvir as vozes de apoio pela primeira vez em sua carreira paralímpica.
Nos Jogos de Tóquio, há três anos, Suzanna alcançou duas quartas colocações, mas a ausência de público devido à pandemia de COVID-19 e a proibição do uso de implantes cocleares bilateral, na época, impediram que ela ouvisse qualquer som das arquibancadas. Isso está prestes a mudar, trazendo uma nova dimensão emocional à sua participação nas competições.
Suzanna Hext na Paralimpíada: expectativas e emoções
Desde 2021, Suzanna passou a usar um dispositivo médico eletrônico que ajuda a recuperar a audição. Em 2023, o uso de implantes cocleares foi finalmente autorizado nas competições. Agora, em Paris, na classe S5, destinada a atletas com deficiência física moderada, a nadadora poderá escutar a sua família, amigos e a multidão durante as provas.
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Não há uma classe específica para atletas com deficiência auditiva nos Jogos Paralímpicos, o que torna esta permissão um marco significativo para Suzanna. Cadeirante desde 2012, após um acidente de equitação, ela é um exemplo de superação e resiliência.
Como funciona um implante coclear?
Os implantes cocleares são uma opção valiosa para crianças e adultos que não conseguem ser ajudados por aparelhos auditivos comuns. Ao contrário dos aparelhos auditivos, que apenas amplificam os sons, os implantes cocleares transformam o som em sinais elétricos e os enviam para a cóclea, uma parte do ouvido interno.
- Transformação de som em sinais elétricos
- Envio de sinais para a cóclea no ouvido interno
- Permitem ouvir sons mais claramente, mesmo debaixo d’água
Com essa tecnologia agora protegida contra água, passou a ser permitida na natação, proporcionando um novo horizonte para atletas como Suzanna.