Mais um brasileiro vai buscar fazer história no futebol americano do Canadá. Depois de Ryan David, Rafael Gaglianone e Otávio Amorim chegou a hora de Alaor Júnior Cardoso de Oliveira, linha ofensiva do Cruzeiro FA. Natural de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, vai embarcar para o país da América do Norte em 2023, para disputar a Liga Canadense Júnior para atletas de até 22 anos.
A informação foi divulgada primeiramente pelo perfil do Instagram Touchdown Mineiro e confirmado pela Agência Valinor Conteúdo. Conhecido no meio do futebol americano como Picanha, ele foi recrutado pelo Valley Huskers, da cidade de Chilliwack.
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Picanha explica que o contato com o time canadense foi feito por meio do site Europlayers.com, que faz a ponte entre jogadores de futebol americano e equipes de todo o mundo.
“O Ditão, que é center do Cruzeiro, me apresentou o site. Comecei a pesquisar e ver vídeos. Fiz o perfil, tive uma proposta de um time da Espanha, mas, infelizmente, não pude ir, pois eles não iriam pagar as passagens de ida e volta, apenas as minhas despesas lá. Desanimei um pouco, mas perseverei. Depois, o treinador do Valley Huskers me contatou e perguntou se eu gostaria de jogar no Canadá. Não pensei duas vezes”, afirmou, com bastante empolgação.
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O esportista de 20 anos destacou a passagem do ex-treinador norte-americano, Marcus Herford, na sua evolução no esporte da bola oval.
“Eu comecei no futebol americano em 2017, participei de uma seletiva do Betim Bulldogs. Fui evoluindo com o passar do tempo, mas o ponto de virada foi a chegada do Marcus Herford ao Cruzeiro FA (neste ano). Ter um treinador estrangeiro, que sempre vivenciou o esporte, foi essencial para mim. Ele me corrigiu, me deu dicas e sempre me incentivou, dizendo que tenho futuro no futebol americano e para seguir trabalhando forte”, comentou.
Além de Herford, Picanha destaca também os conselhos de colegas mais experientes como o center Ditão e os linhas ofensivas Victor Quintas (hoje no Galo FA) e Pollys Sacramento, que atua na Alemanha.
“Esses caras sempre me deram força para trabalhar. Aprendi muito no dia a dia com eles, nos treinamentos e jogos. Mesmo sendo reserva em muitas vezes, tive em mente que aquela era uma oportunidade para continuar evoluindo no futebol americano. Além disso, eles me cobraram muito, pois perceberam que eu tinha potencial para ser um jogador melhor. E foi isso que aconteceu com o tempo”, destacou.
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Auxílio para adaptação na América do Norte
Essa será a sua primeira passagem no exterior. O jogador destacou que o time conseguiu uma pessoa que fala português para ajudá-lo no Canadá, e também está providenciando a retirada de toda a documentação para que ele possa ingressar no país.
“O time me passou todos os detalhes, informou sobre a acomodação, salário e também conseguiram um rapaz que vai me ajudar, principalmente, com a língua. Além disso, a equipe vai arcar com o visto de trabalho, o Labour Market Impact Assessment (LMIA), que é cerca de 5 mil dólares. Porém, essa documentação demora cerca de um ano para ser finalizada e, por isso, vou poder atuar apenas no ano que vem. Mas o time deixou as portas abertas para que eu possa ir até lá fazer uma visita”, informou.
Desta forma, ele continua no time celeste em 2022. No último domingo o atleta ajudou sua equipe na conquista do Gerais Bowl contra o Juiz de Fora Imperadores. Agora aguarda o vencedor de América Locomotiva e Nova Serrana Forgeds para a disputa da semifinal do Campeonato Mineiro.