Ao lado da família de Schumacher desde 1999 e durante todo o processo após o acidente do piloto em Meribel, nos Alpes Franceses, em 2013, a assessora Sabine Kehm é uma das únicas pessoas que sabe detalhes sobre a recuperação do astro.
Já se passaram sete anos desde que o piloto se afastou dos holofotes depois do acidente e precisou ficar em coma e posteriormente continuar internado. Nesse tempo, muito pouco se soube sobre o real estado de saúde de Schumacher.
Sua assessora, Sabine Kehm ainda mantém sigilo sobre a saúde do piloto, mas concedeu entrevista recente ao jornal italiano “La Gazzetta dello Sport” em que comentou um pouco como tem sido a família do piloto durante esse processo.
O jornalista Andrea Cremonesi, que conversou com a assessora, foi até Gland, cidade suíça com dez mil habitantes, onde moram os Schumachers. Por lá, Kehm destacou o apoio da família e como cada um deles foi essencial para a recuperação gradual do piloto.
“Raramente vi uma família tão unida. A família sempre esteve com ele, embora os jornalistas não pudessem vê-la. Schumacher sentiu a necessidade de tê-la por perto, especialmente [a esposa] Corinna nos finais de semana que pareciam complicados”, disse.
Como vemos muitos filhos de personalidades do esporte que seguem o mesmo caminho que os pais, no caso de Schumacher não é diferente. O filho do astro, Mick segue os passos do pai e estreia este ano nas pistas de Fórmula 1 pela Haas.
No entanto, para Kehm, que conhece a família muito bem, as semelhanças entre eles terminam por aí.
“Discordo totalmente quando dizem que Mick e Michael são idênticos. O sorriso de Mick é o de Corinna e ela está muito envolvida em todas as decisões que afetam seu filho”, contou.
Poucas pessoas viram Schumacher desde seu acidente em 2013, entre eles estão o piloto brasileiro
Felipe Massa e
Jean Todt,
atual presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e ex-dirigente da
Ferrari durante as vitórias de
Schumi entre 2000 e 2004.
Inclusive, Elisabetta Gregoraci, ex-esposa de Flávio Briatore, ex-chefe do piloto na Fórmula 1, visitou o piloto no ano passado e comentou que Schumacher não vai falar mais.
Depois de ter deixado o hospital, a família continuou fazendo diversos esforços para cuidar do piloto de forma mais próxima e para isso, a casa deles possuí uma ala hospitalar onde são gastos 140 mil euros, cerca de R$ 549 mil por semana com toda a estrutura médica necessária.
A assessora ainda contou que por conta da pandemia de coronavírus, as visitas ao piloto ficaram ainda mais restritas para que não houvesse chances de contaminação.
Sabine terminou a entrevista contando que um dia Michael estava passeando com seu cachorro pela cidade quando uma senhora se aproximou para conversar e disse.
“‘Você sabia que Schumacher mora por aqui?”‘ e ele discretamente respondeu.
“‘Oh, é mesmo?”‘, disse.