O adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020 para 2021, em função da pandemia de coronavírus, fez com que a entrega da Vila Olímpica para os compradores atrasasse. Segundo a AFP, cerca de vinte e quatro compradores que esperavam tomar posse de seus apartamentos após o desmantelamento do local iniciaram um processo judicial nesta segunda-feira, 01, pedindo indenizações por conta do atraso da entrega das chaves.
As instalações, concebidas para abrigar mais de 10 mil atletas e líderes, estão prontas há mais de um ano e contam com 20 prédios, mas ainda não foram entregues aos proprietários por conta da mudança de data das Olimpíadas. Os Jogos Olímpicos estavam previstos para julho e os Paralímpicos para agosto/setembro de 2020, mas foram adiados para 2021.
As famílias entraram com processo no tribunal de primeira instância de Tóquio, pedindo indenização pelo atraso. O valor pedido não foi divulgado.
“Devido ao adiamento, os filhos de alguns compradores foram obrigados a mudar de escola até que finalmente possam se mudar para seu novo apartamento. Muitos também venderam seu antigo apartamento e pediram um empréstimo para financiar o novo”, disse um dos advogados dos compradores à AFP.
O valor de cada apartamento varia entre US$ 200 mil (cerca de R$ 1,1 mi) até US$ 1,62 milhão (R$ 6,2 mi). Foram vendidos 900 apartamentos antes do adiamento dos Jogos Olímpicos.
As Olimpíadas de Tóquio estão previstas, agora, para 23 de julho de 2021. Os Jogos Paralímpicos começam em 25 de agosto.