Bia Ferreira perde para irlandesa mas tem bronze garantido no boxe

Três anos após a final em Tóquio 2020, a pugilista brasileira Bia Ferreira reencontrou sua algoz, a irlandesa Kellie Harrington, nas semifinais da Olimpíada de Paris 2024. O resultado, porém, foi novamente favorável à irlandesa, que venceu por decisão dividida (4-1) e avançou para a final do peso-leve (até 60kg), onde buscará o bicampeonato olímpico na próxima terça-feira (6 de agosto) contra a chinesa Yang Wenlu, a principal cabeça de chave do torneio.

Para Bia Ferreira, a derrota significa a conquista da medalha de bronze, já que no boxe olímpico não há disputa de terceiro lugar, e ambas as semifinalistas derrotadas recebem medalhas. Este é o segundo pódio olímpico da carreira de Bia, que já havia conquistado a prata em Tóquio. A luta em Paris também marcou a última participação da brasileira no boxe amador, pois ela seguirá carreira no boxe profissional, onde já é campeã mundial pela Federação Internacional de Boxe (IBF).

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“Eu queria ser campeã olímpica, fechar com chave de ouro, mas a gente faz um plano e Deus faz outro. Não foi dessa vez, mas tenho uma missão no boxe profissional e vou completar ela. Sou muito feliz pelo que o boxe olímpico me proporcionou”, lamentou Bia Ferreira após a luta.

A luta começou de forma cautelosa, com Bia Ferreira estudando a movimentação de Harrington, buscando a melhor oportunidade para encurtar a distância. A brasileira conseguiu acertar alguns bons golpes, incluindo um direto e um ataque ao corpo, mas Harrington respondeu com jabs precisos e um direto no rosto. Apesar de seu esforço, Bia terminou o primeiro round em desvantagem na pontuação de quatro dos cinco juízes.

No segundo round, Bia aumentou a pressão, tentando encurtar a distância com mais agressividade. Contudo, ao avançar, ela acabou sofrendo golpes de contragolpe, com Harrington conectando bons cruzados na cabeça. A brasileira ainda conseguiu acertar bons ganchos no corpo e um cruzado de esquerda, mas enfrentou dificuldades para encontrar a melhor distância. Mesmo assim, três dos cinco juízes deram o round para Bia, embora ela ainda estivesse atrás na pontuação geral.

No terceiro e último round, Bia começou com um direto preciso, mas Harrington continuou pontuando com jabs e diretos à distância. A brasileira tentou encurtar a distância e conectou vários golpes no corpo e cruzados na cabeça, mas a irlandesa mostrou boa defesa e respondeu com golpes precisos. No minuto final, Harrington manteve a calma, golpeando e saindo da linha de ataque. Ao final da luta, Bia ergueu os braços, mas sabia que não havia feito o suficiente para reverter a decisão dos juízes.