Desde a volta da NBA após a paralisação por conta da pandemia de coronavírus, a “bolha” do Complexo da Disney foi tomada por movimentos por justiça social e contra o racismo. O nome Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) está estampado nas quadras de Orlando e nas camisetas dos jogadores, que também fazem protestos pacíficos antes das partidas.
A onda de manifestações na NBA pode ganhar mais um capítulo. De acordo com o jornalista americano Marc J. Spears, os jogadores do Toronto Raptors e do Boston Celtics realizaram uma reunião nesta terça-feira, 25, para debater a possibilidade de boicotar o jogo 1 das semifinais da Conferência Leste. O duelo entre as equipes está marcado para esta quinta-feira, 27. Uma reunião nesta quarta bate o martelo.
O boicote seria uma forma de protesto por um caso recente de uma ação policial nos Estados Unidos, na qual o homem negro, Jacob Blake, levou sete tiros nas costas por um policial branco, em Kenosha, no estado do Winsconsin. Ele segue internado com quadro de saúde estável, mas o pai dele afirma que ele estaria paralisado da cintura para baixo.
Blake teria separado uma briga entre duas mulheres e a polícia local o teria tratado como suspeito quando chegou para atender ao chamado de violência doméstica. Quando Jacob entrava em seu próprio carro, um dos policiais atirou em suas costas. No banco de trás estavam os filhos de Jacob Blake.
A NBA vem mostrando apoio aos movimentos dos atletas diante da onda de protestos contra o racismo que o país enfrenta. A liga ainda não se pronunciou sobre o boicote de Celtics e Raptors.
O jogo 1 das semifinais está agendado para esta quinta-feira, 27, às 19h30 (de Brasília). Atual campeão, os Raptors buscam mais um título da liga. A equipe vem uma série de 4 a 0 sobre o Brooklyn Nets na primeira fase dos palyoffs. Com o mesmo resultado, o Boston Celtics eliminou o Philadelphia 76ers.
