O ex-campeão peso-leve do UFC, Charles do Bronx, enfrentou uma série de obstáculos em sua trajetória dentro da organização, marcada por superações notáveis. Contudo, desde o episódio em que teve seu cinturão retirado devido a problemas no peso antes da luta contra Justin Gaethje, em maio de 2022, os fãs brasileiros começaram a especular se o faixa-preta de Jiu-Jitsu foi prejudicado pelo Ultimate.
Os rumores se intensificaram quando Charles, em seu confronto seguinte, disputou o cinturão dos leves contra Islam Makhachev no UFC 280, em Abu Dhabi, local onde o russo contava com uma grande base de fãs. Após ser derrotado por finalização no segundo round, o UFC marcou uma revanche entre os dois para o UFC 294, novamente em Abu Dhabi, causando insatisfação entre os fãs do brasileiro, que clamavam por um duelo no Brasil ou em um “território neutro”.
No desfecho, Charles do Bronx sofreu um corte no supercílio às vésperas da disputa de cinturão, resultando no cancelamento da revanche contra Islam Makhachev, originalmente programada para novembro. Surge a questão: Estaria Charles realmente sendo prejudicado pelo UFC? A organização estaria relutante em vê-lo recuperar o título peso-leve? Tainara Lisboa, atleta peso-galo do Ultimate, compartilhou sua visão polêmica no podcast “MMA com Oswaldo”, reforçando a ideia de que o ex-campeão enfrenta obstáculos constantes em sua jornada no UFC.
“O chefe faz de tudo para a vida ser mais difícil. A minha visão de fora, não como fã, mas eu acho que o UFC não quer o Charles do Bronx lá (como campeão). É impressionante como ele faz tudo para a vida do Charles ainda continuar sendo difícil”, afirmou Tainara Lisboa. A atleta questionou as escolhas da organização, sugerindo que a promoção do brasileiro poderia ser mais efetiva em outros contextos, como realizando lutas no Brasil ou em locais neutros.
“Eu acho que o UFC dificulta muito a vida dele. Por que de novo lá na casa dos caras (luta contra Makhachev novamente em Abu Dhabi)? Traz pra cá (para o Brasil), bota aqui na nossa energia. Mas não, não querem. E mesmo quando você chega lá (passa a lutar no UFC), é muito ‘louco’. Você vê quem eles querem derrubar e quem eles querem manter. Fica sempre implícito”, completou a lutadora.
Tainara Lisboa ressalta a complexidade do cenário, incluindo a comunicação de Charles em inglês e sua popularidade fora do Brasil. Ela enfatiza a percepção de que o UFC dificulta a vida do ex-campeão, levantando dúvidas sobre as motivações por trás das decisões da organização, especialmente ao marcar lutas novamente em Abu Dhabi.
