Nesta quinta-feira (26), o UFC chegou a um acordo de mais de R$ 2 bilhões (375 milhões de dólares) com um grupo de ex-lutadores, encerrando um dos processos judiciais conhecidos como “processo antitruste”. Este acordo vem após uma longa batalha judicial que se estende por quase uma década, desde que duas ações coletivas foram movidas contra a organização entre dezembro de 2014 e março de 2015.
Os ex-lutadores alegam que o UFC utilizava práticas ilegais para manter um monopólio no mercado, prejudicando a livre concorrência e afetando os contratos e salários dos atletas. Este acordo marca uma mudança significativa nas relações entre o UFC e seus ex-atletas e pode representar um novo capítulo na forma como a organização trata seus contratos e práticas comerciais.
O que os ex-lutadores alegam?
A liga, presidida por Dana White, é alvo de acusações de que a empresa utilizava práticas ilegais contra a concorrência para estabelecer um monopólio de mercado. Entre estas práticas estão os contratos exclusivos com atletas de elite, coerção e aquisições de outras organizações. Tais ações violariam a “Lei Sherman”, uma legislação americana que promove a livre concorrência.
Qual a importância deste acordo entre UFC e os ex-lutadores?
Entre os ex-lutadores responsáveis pelo processo estão figuras como Cung Le, Kyle Kingsbury, Kajan Johnson e Brandon Vera. Eles afirmam que os contratos do UFC “prendiam” os atletas por longos períodos, impedindo que outras organizações pudessem competir de maneira justa, e resultando em salários e direitos reduzidos para os lutadores. Este acordo pode simbolizar uma mudança nas práticas contratuais e como os lutadores são tratados no futuro.
Por que o acordo anterior foi negado?
Em uma tentativa anterior de evitar um julgamento, o UFC anunciou que estaria disposto a pagar 335 milhões de dólares (cerca de R$ 1,8 bilhão) para encerrar ambas as ações coletivas. No entanto, o juiz Richard Bouldware rejeitou este acordo, considerando o valor oferecido muito baixo para os ex-lutadores. Essa rejeição levou ao atual acordo de 375 milhões de dólares, uma soma que reflete melhor as reivindicações dos atletas.
Com o fim deste processo, espera-se que o UFC revise suas práticas contratuais e busque formas mais justas de negociação com os atletas. As mudanças estruturais nos contratos, exigidas pelo grupo de ex-lutadores, podem influenciar diretamente na maneira como o UFC lida com seus atletas atuais e futuros.