O futebol brasileiro vive um cenário preocupante quando o assunto é finanças, e o Corinthians liderando o ranking dos clubes mais endividados do Brasil. Os números mostram que muitas equipes tradicionais enfrentam dificuldades sérias, e o Corinthians simboliza esse cenário com um um forte desequilíbrio entre receitas e despesas.
Como está a situação financeira dos clubes atualmente?
De acordo com levantamento divulgado este ano pela Sportsvalue, os dados referem-se aos números do ano passado e evidenciam que até clubes históricos possuem dívidas milionárias. A lista mostra que, mesmo com receitas de bilheteria, patrocínios e premiações, o endividamento continua a ser um desafio central para o futebol brasileiro.
Entre as causas principais estão má gestão, contratos de jogadores pesados e investimentos que não se pagam rapidamente. Esses fatores refletem em atrasos salariais, dificuldades em contratar novos atletas e até risco de restrições em competições nacionais e internacionais.
Os 10 clubes mais endividados no Brasil
O levantamento divulgado pela Sportsvalue em 2025 a respeito das dívidas do ano anterior mostra os seguintes números:
| Clube | Dívida (R$ milhões) |
|---|---|
| Corinthians | 1.902,1 |
| Atlético-MG | 1.369,0 |
| Cruzeiro | 981,1 |
| Vasco da Gama | 928,5 |
| São Paulo | 852,9 |
| Internacional | 834,8 |
| Palmeiras | 825,3 |
| Bahia | 821,0 |
| Santos | 645,2 |
| Fluminense | 632,8 |

Como a situação financeira do Corinthians se agravou em 2025?
O Corinthians passou por 2025 sem conseguir estancar o desequilíbrio financeiro. O clube fechou os dez primeiros meses do ano com um déficit acumulado de R$ 204,2 milhões, resultado de despesas que superaram significativamente as receitas previstas no orçamento.
O número chama atenção porque o valor negativo já ultrapassa com folga a projeção inicial feita pela diretoria para todo o exercício. Além disso, estima-se que dívida total do Corinthians, que inclui compromissos como o financiamento da Neo Química Arena, segue em patamar elevado, próxima de R$ 2,7 bilhões, aumentando a pressão por ajustes urgentes na gestão.
Como os clubes, incluindo o Corinthians, podem reduzir dívidas e se reerguer?
O cenário exige mudanças estruturais profundas. Para clubes altamente endividados e, especialmente, para o Corinthians, algumas estratégias se tornaram indispensáveis para tentar reverter o quadro financeiro.
- Renegociação de dívidas: acordos com bancos, credores e fornecedores para alongar prazos e reduzir juros.
- Venda de jogadores e ativos: geração de caixa imediato para aliviar o fluxo financeiro.
- Controle rígido de gastos: redução da folha salarial e revisão de contratos considerados excessivos.
- Ampliação de receitas: novos patrocínios, programas de sócios e melhor exploração comercial.
- Planejamento de longo prazo: gestão mais profissional para evitar que déficits se repitam ano após ano.
Sem ajustes consistentes, o risco é que dívidas continuem crescendo e afetem diretamente o desempenho esportivo. O Corinthians, assim como outros grandes clubes brasileiros, enfrenta o desafio de equilibrar tradição, competitividade e responsabilidade financeira para garantir sustentabilidade no futuro.





