Trazer grandes nomes de volta ao futebol brasileiro em 2026 envolve oportunidades valiosas para clubes e torcedores mas não são poucas as barreiras regulatórias, financeiras e esportivas que tornam esse cenário arriscado e complexo.
Que jogadores têm potencial para voltar ao Brasil em 2026?
Entre os craques internacionais com chance de retorno, destacam-se Vinícius Júnior, Gabriel Jesus, Raphinha, Richarlison e Rodrygo — todos com carreiras consolidadas na Europa e vínculo técnico que poderia atrair clubes brasileiros.
A possibilidade de retorno depende de fatores como desempenho recente, interesse de clubes nacionais e situação contratual (salário, tempo restante de contrato).
Além disso, a projeção de mercado vem crescendo para times grandes do Brasil que querem usar a visibilidade e apelo comercial desses jogadores para fortalecer elencos e atrair patrocinadores.
Como funcionam as regras de transferência para trazer craques de volta?
Para uma transferência internacional, é necessário seguir o sistema de transferência da FIFA por meio do Transfer Matching System (TMS).
No Brasil, a CBF exige que os registros de jogadores importados ocorram dentro das janelas específicas definidas no seu Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas (RNRTAF).
Também é preciso obter o Certificado Internacional de Transferência (ITC) para que o jogador estrangeiro possa ser registrado legalmente no futebol brasileiro segundo as regras da CBF.
Checklist regulatório para uma transferência de retorno:
- Verificar se a janela de registro da CBF está aberta.
- Garantir emissão de ITC junto à federação de origem do jogador.
- Cumprir as exigências contratuais conforme regulamentos da FIFA e da CBF.
Quais os principais desafios financeiros para os clubes brasileiros?
Trazer craques de alto nível costuma demandar salários elevados, o que pesa muito no orçamento de equipes nacionais — especialmente clubes que não têm receitas tão altas quanto os europeus. Além disso, clubes brasileiros podem ter que arcar com comissões de agentes, taxa de intermediação ou parte do valor de mercado para convencer o jogador a voltar.
Também existe o risco de desequilíbrio financeiro: se o clube apostar alto e o jogador não corresponder, pode haver prejuízo esportivo e econômico, afetando a sustentabilidade a longo prazo.
Quais estratégias os clubes podem adotar para viabilizar um retorno bem-sucedido?
Uma estratégia é oferecer contratos “mistos”: combinar salário fixo + bônus por desempenho, de forma que o pagamento fique mais equilibrado conforme o rendimento do atleta.
Outra tática é usar empréstimos com opção de compra. Assim, o clube nacional diminui o risco inicial e pode avaliar o impacto do jogador antes de comprometer recursos maiores.
Clube também deve garantir ambiente competitivo e projeto esportivo ambicioso. Mostrar que há chances de títulos, visibilidade local e internacional pode atrair craques dispostos a contribuir e ter impacto na volta.
Lista de estratégias práticas:
- Propor salários escalonados + bônus.
- Optar por empréstimo com compra futura.
- Apresentar plano de performance e legado esportivo.
Quais riscos jurídicos ou esportivos estão envolvidos nesse tipo de negociação?
Existem riscos contratuais: se não forem bem redigidos, contratos de retorno podem gerar disputas, porque os jogadores vindos da Europa têm agentes poderosos e cláusulas exigentes.
Há também riscos regulatórios: caso a transferência não respeite as janelas definidas pela CBF, o registro pode ser negado ou adiado, atrasando a estreia do jogador. CBF
Do ponto de vista esportivo, há risco de adaptação: o jogador pode não se readaptar à intensidade ou estilo dos clubes brasileiros, ou até sofrer lesões se o condicionamento físico for diferente do que viveu na Europa.





