Quando se fala em genialidade dentro das quatro linhas, Lionel Messi é sempre o primeiro nome que vem à mente. O camisa 10 da Argentina, conhecido por transformar o impossível em rotina, voltou a fazer história ao igualar o recorde de 10 hat-tricks por seleções nacionais, marca que até então pertencia exclusivamente a Cristiano Ronaldo.
Esse novo feito, alcançado em 2024 durante as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, reforça não apenas a longevidade de Messi, mas também sua capacidade de dominar o jogo com eficiência e elegância, mesmo após quase duas décadas no mais alto nível do futebol mundial.
O que é um hat-trick e por que essa marca é tão simbólica
O termo hat-trick tem origem no críquete inglês, mas no futebol ele representa um dos feitos mais emblemáticos que um jogador pode alcançar: marcar três gols em uma mesma partida. É um símbolo de domínio absoluto, técnico, mental e tático, sobre o adversário.
Para Messi, o hat-trick nunca foi apenas uma demonstração de oportunismo, e sim uma expressão de controle total sobre o jogo. A cada triplo de gols, ele mostrou um entendimento do futebol que transcende o instinto: um domínio de tempo, espaço e movimento raro até entre os maiores da história.
A trajetória dos hat-tricks de Lionel Messi pela Argentina
Desde sua estreia pela seleção em 2005, Messi viveu altos e baixos com a camisa albiceleste. No entanto, seus momentos de brilho individual foram decisivos para transformar a relação do craque com o torcedor argentino, especialmente após o título da Copa América de 2021 e da Copa do Mundo de 2022.
Seus 10 hat-tricks internacionais incluem atuações memoráveis em diferentes fases da carreira, destacando-se:
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Argentina 3 x 1 Suíça (2012): Messi marcou três gols e confirmou o início de sua era de liderança total na seleção.
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Argentina 4 x 0 Haiti (2018): um amistoso que simbolizou o renascimento do grupo antes da Copa da Rússia.
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Argentina 5 x 0 Nicarágua (2019): mais um show de eficiência e precisão antes da Copa América.
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Argentina 3 x 0 Bolívia (2021): noite histórica em que ultrapassou Pelé como maior artilheiro sul-americano por seleções, com três gols e aplausos de um Monumental lotado.
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Argentina 4 x 1 Curaçao (2024): o hat-trick que o levou à marca dos 10 hat-tricks oficiais por seleções nacionais, igualando o recorde de Cristiano Ronaldo.
Esses jogos refletem não apenas o talento técnico de Messi, mas também sua consistência em diferentes gerações, mantendo o mesmo nível de genialidade dos tempos de Barcelona até sua fase mais madura com o Inter Miami.
Comparação com Cristiano Ronaldo dois gigantes, dois estilos
Tanto Messi quanto Cristiano Ronaldo construíram legados baseados em longevidade, disciplina e fome competitiva. Enquanto o português é conhecido por sua potência física e posicionamento letal, Messi se destaca pela visão de jogo, precisão e fluidez tática.

Ambos compartilham o status de artilheiros históricos e agora dividem mais um marco: o de 10 hat-tricks internacionais, algo que poucos jogadores sequer sonham em alcançar.
A diferença é que, no caso de Messi, cada hat-trick é uma aula de arte e simplicidade. Ele não apenas marca, ele orquestra o espetáculo.
O impacto histórico da marca
Alcançar 10 hat-tricks por seleções nacionais coloca Messi em uma categoria quase inatingível. Essa estatística o posiciona como um dos jogadores mais decisivos da história do futebol internacional, com influência direta em títulos e classificações.
Mais do que um recorde individual, o feito representa a consagração de um ciclo de excelência contínua, algo raríssimo em um esporte tão físico e competitivo. Messi, aos 37 anos, continua desafiando a lógica do tempo e das expectativas.
O legado de Lionel Messi no futebol mundial
Com a Copa do Mundo conquistada em 2022, Messi já havia garantido seu nome entre os maiores de todos os tempos. No entanto, esses novos recordes reforçam o que o mundo já sabia: Messi não joga para provar, mas para inspirar.
Seu legado transcende títulos e números, está na forma como ele redefine o conceito de genialidade. Em cada drible, passe e gol, existe uma filosofia: a de que o futebol pode ser arte e estratégia, emoção e inteligência em um só gesto.
O décimo hat-trick não é apenas mais uma estatística. É a prova de que, mesmo depois de alcançar o topo, Lionel Messi continua escrevendo novos capítulos da própria lenda, com a mesma naturalidade com que conduz a bola, leve, preciso e inevitável.