A procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) denunciou diversos envolvidos no clássico entre São Paulo e Palmeiras, disputado no último domingo, 5 no Morumbis, pelo Brasileirão. Os alvos são os árbitros, os dirigentes tricolores e o atacante Vitor Roque.
O árbitro central Ramon Abatti Abel e o árbitro de vídeo Ilbert Estevam foram denunciados por “deixar de observar as regras da modalidade”, conforme o artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Ambos podem ser afastados de 15 a 120 dias. Inclusive, em função disso, a CBF afastou temporariamente os dois envolvidos, determinando treinamento e avaliação interna antes do retorno às partidas.
Dois lances centrais são analisados: um pênalti não marcado de Allan sobre Gonzalo Tapia e uma possível expulsão de Andreas Pereira por falta sobre Marcos Antônio. Em ambos os momentos, o São Paulo vencia por 2 a 0, e o clube acredita que os erros contribuíram para a virada do Palmeiras por 3 a 2.
NOTA OFICIAL
O São Paulo Futebol Clube manifesta profunda indignação com a arbitragem de Ramon Abatti Abel e com a atuação do árbitro de vídeo, Ilbert Estevam da Silva, na partida deste domingo (05), contra o Palmeiras, no MorumBIS, pelo Campeonato Brasileiro. Os erros cometidos… pic.twitter.com/jdErS3Pm6y
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) October 5, 2025
A revolta são-paulina também resultou na denúncia de Rui Costa e Carlos Belmonte, diretores do clube, por xingamentos dirigidos ao árbitro Ramon Abatti Abel. A punição prevista para os dirigentes varia de 15 a 180 dias. Segundo a súmula da partida, Belmonte teria dito: “Filma ele, a vergonha dele aí, o VAR não veio”, enquanto Rui Costa teria xingado: “Vai tomar no c*, uma vergonha”. Ambos foram identificados pelo delegado da partida.
Além disso, o atacante Vitor Roque, do Palmeiras, foi enquadrado no artigo 243-G, que trata de atos discriminatórios, após publicar em suas redes sociais uma imagem de um tigre (referência ao seu apelido) mordendo o pescoço de um veado. Caso seja condenado pelo STJD, o jogador de 20 anos pode cumprir pena de cinco a dez jogos de suspensão.
Até o momento, não há data definida para o julgamento dos casos, que seguem sob análise do tribunal.