O Palmeiras deve contar com Abel Ferreira em seu comando técnico por mais tempo. Após a partida contra o River Plate, que selou a classificação para as semifinais da Libertadores, o treinador português falou sobre o acerto com o clube até o fim de 2027.
“Viu o que o Mourinho disse do treinador do Palmeiras? Não preciso de um papel para dizer que eu quero ficar. Meu avô se chamava Abel, ele não assinava contrato. Era tudo de boca. Não precisamos de contrato nenhum”, contou.
“Preciso só que as pessoas estejam no clube e confiem no trabalho e os torcedores também. Se os torcedores não confiarem, não vou ser empecilho a ninguém. A presidente sabe, e eu falei antes do Mundial”.
Em relação aos bastidores da renovação, Abel disse: “Durou um segundo, não precisou nem chatear o meu agente. É copy-past (copia e cola), não preciso. O foco tem que ser só nos jogos que temos, não na Libertadores. E se tiver que chegar para o ano sem assinar, sem meu contrato, eu chego para o ano sem assinar meu contrato”.
Ainda assim, o português revelou que nutre certa mágoa da torcida do Palmeiras. O treinador, em particular, falou sobre os momentos de baixa da equipe, nos quais ele e os jogadores sofrem com xingamentos e ameaças.
“O Brasil é um país especial, mas não pode ser 8 ou 80. Sabem o que a torcida fez comigo, e eu sou exatamente o mesmo. Mas não esqueço do que me chamaram. A mim e aos jogadores. Está marcado no meu coração, isso sangra por dentro”, cravou. Porém, no que diz respeito à última partida do Verdão, Abel foi só elogios.
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Palmeiras embalado pela torcida
“É fácil perceber quando os torcedores estão conosco, sentimos na pele, às vezes cantam o nome dos jogadores, às vezes não. Quando essa energia, quando estão conosco, quando nossa direção acredita no que o treinador faz, e o treinador acredita nos jogadores… quando todos estão no mesmo sentido, estamos mais próximos de fazer jogos como esse. Chiqueiro pega fogo. Isso arrepia, nos ajuda imensamente. Precisamos deles”, completou.