O Esporte Clube Bahia anunciou, na tarde de quarta-feira (10), a venda do atacante Lucho Rodríguez para o Neom SC, clube recém-promovido à elite da Arábia Saudita. A transação, no valor de 22 milhões de euros (aproximadamente R$ 139,3 milhões), representa a maior venda da história do futebol nordestino.
Quem é Lucho Rodríguez e como chegou ao Bahia?
Lucho Rodríguez, nascido em Montevidéu, Uruguai, em 16 de julho de 2003, iniciou sua carreira nas categorias de base do Progreso e passou pelo Liverpool-URU antes de ser contratado pelo Bahia em julho de 2024. A negociação, na época, foi a mais cara da história do clube baiano, com um investimento de 11 milhões de dólares (cerca de R$ 65,3 milhões). Durante sua passagem, o atacante disputou 69 partidas, marcou 20 gols e contribuiu com 3 assistências, sendo peça fundamental nas conquistas do Campeonato Baiano e da Copa do Nordeste de 2025.
Como se deu a negociação com o Neom SC?
A transferência para o Neom SC foi oficializada após exames médicos realizados em Mônaco. O clube saudita pagará 20 milhões de euros (R$ 126,6 milhões) à vista, com possibilidade de 2 milhões de euros (R$ 12,6 milhões) adicionais em bônus por metas alcançadas. Além disso, o Bahia mantém 25% dos direitos econômicos do jogador em uma futura venda, o que pode gerar retorno financeiro adicional.
Qual é o impacto financeiro para o Bahia?
Com a venda, o Bahia fatura R$ 109 milhões líquidos, representando aproximadamente 27% da receita orçamentária prevista para o ano de 2025. Esse montante supera a maior venda anterior do clube, a de Biel para o Sporting, por R$ 48 milhões. A transação também coloca o Bahia em destaque no cenário financeiro do futebol brasileiro, evidenciando o potencial de clubes nordestinos no mercado internacional.
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O que representa essa venda para o futebol nordestino?
A negociação de Lucho Rodríguez simboliza um marco histórico para o futebol nordestino, evidenciando a valorização de talentos da região no mercado internacional. A transação demonstra que clubes do Nordeste têm potencial para realizar negócios de grande porte, desafiando a hegemonia dos clubes dos eixos Sul e Sudeste. Além disso, reforça a importância de investimentos estratégicos em categorias de base e scouting para o desenvolvimento de jogadores com potencial de destaque.
O que podemos aprender com essa transação?
A venda de Lucho Rodríguez destaca a importância de uma gestão estratégica e visão de mercado para clubes de médio porte. Investimentos certeiros em jovens talentos, aliadas a uma estrutura de desenvolvimento eficiente, podem resultar em retornos financeiros significativos e elevar a competitividade no cenário nacional e internacional. Para o Bahia, a transação representa não apenas um ganho financeiro, mas também um reconhecimento do trabalho realizado nas categorias de base e no desenvolvimento de jogadores.