Carlo Acutis, conhecido como o “santo millennial”, foi canonizado no último domingo, 7, em cerimônia no Vaticano, a primeira conduzida pelo novo pontífice. Aos 15 anos, em 2006, Carlo morreu vítima de leucemia, mas deixou um legado que uniu fé, juventude e paixão por aspectos comuns da vida cotidiana, como tecnologia e esportes.
Carlo também cultivava paixões muito comuns a milhões de jovens: era fã de futebol, torcedor da Inter de Milão e tinha Pelé como seu grande ídolo. Sua mãe, Antonia Salzano, contou em entrevistas que, mesmo sem ser um grande artilheiro nas peladas com amigos, o filho via em Pelé uma inspiração de talento, disciplina e simplicidade.
Ele gostava de jogar bola, empinar pipa e conviver com animais (tinha quatro cachorros e dois gatos), mostrando que sua vida era marcada tanto pela espiritualidade quanto pelas experiências típicas de uma adolescência comum.
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Além do amor pelo esporte, Carlo era profundamente devoto de Nossa Senhora Aparecida. Costumava dizer que “Maria é a única mulher da minha vida” e mantinha uma relação espiritual especial com o Brasil. Não por acaso, dois marcos da sua história estão diretamente ligados ao país: sua canonização aconteceu em 7 de setembro, Dia da Independência, e sua morte ocorreu em 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida.
A vida curta não impediu que sua trajetória deixasse uma marca duradoura. Amante de tecnologia e videogames, ganhou um computador ainda pequeno e ficou conhecido por ajudar colegas e vizinhos a resolver problemas técnicos. Criou sites para divulgar milagres eucarísticos e defendia que a internet deveria ser usada como um instrumento positivo: “Como todo dom, pode ser usado para o bem ou para o mal. Você decide se vai transformá-la em um lixão ou em um altar”.
Canonizado, Carlo Acutis se torna agora referência para milhões de fiéis, exemplo de que é possível viver a fé sem abrir mão das paixões simples da vida, entre elas, o futebol e a admiração por Pelé.