Alexandre Gama comanda o Port e empilha conquistas no futebol tailandês. Após passagens no Brasil por clubes como Fluminense e Inter de Limeira, o técnico construiu a sua carreira de forma marcante no país asiático. Em exclusiva ao SportBuzz, o comandante do Port falou sobre a estrutura disponível em seu ambiente de trabalho hoje.
“Em 2011 começou a primeira liga profissional, em que cada dono comprou o seu time e tinha que seguir alguns protocolos, como ter a academia, que é a categoria de base. A base teria que ter um estádio pra tantas pessoas, o que foi melhorando, um centro de treinamento. Então, assim, quem tá na primeira divisão, tem que ter isso. Quem consegue se qualificar da segunda para a primeira, se não tiver, não consegue vir”, afirmou Gama.
“A liga aqui é bem estruturada, é uma liga muito forte hoje, com uns seis, sete times que brigam para ser campeão, mas os outros times estão crescendo bastante”. Quando questionado se acredita haver uma subvalorização do cenário tailandês, Gama foi categórico em sua resposta.
Alexandre Gama fala sobre subestimação da Tailândia
“Eu falo isso há bastante tempo e muita gente não acredita, né? Porque pensa que futebol só existe no Brasil e na Europa, e o futebol não é mais isso. Hoje, cresceu em todos os lugares. Não existe mais bobo no futebol. Com a globalização você consegue acompanhar tudo, você tenta ir evoluindo, vendo o que tá bom ali, e a Tailândia não fugiu disso”.
Com oito troféus pelo Buriram United e quatro pelo Chiangrai United, além de passagens pelo Catar, Emirados Árabes e Coreia do Sul, Alexandre Gama se vê merecedor de uma nova chance no futebol brasileiro. Contudo, em sua perspectiva, o complexo de vira-lata leva os clubes à preferência por nomes estrangeiros.
“Quando eu saí do Brasil, eu já tinha um certo sucesso, só não tinha a oportunidade que hoje dão a novos treinadores. E as pessoas no Brasil não procuram o trabalho, só o nome. Se olhassem o trabalho, eu já teria uma oportunidade há muito tempo […]. Mas como a gente tava falando, ainda tem um preconceito por ser na Tailândia. Se fosse no Japão, que o brasileiro valoriza mais um pouco, eu teria uma chance de voltar”, avaliou.
O comandante do Port completou: “Acho que falta aparecer uma oportunidade concreta. Eu não tenho a preferência por um time, a gente só quer uma oportunidade. A gente já começa a pensar nisso, que são muitos anos aqui na Ásia. Sou feliz demais aqui, bem respeitado, bem tratado, mas eu também gostaria de me testar no Brasil, e acho que iria bem”.





