Nesta segunda-feira, 16, o São Paulo comunicou a saída do técnico Luis Zubeldía. O argentino não sustentou a pressão com o Z4 do Brasileirão no horizonte da equipe e, mesmo classificado ao mata-mata das Copas, se despediu do trabalho após pouco mais de um ano.
Como manda a dança das cadeiras no fenômeno de troca de técnicos no futebol brasileiro, o Tricolor não perde tempo. Hernán Crespo, campeão do Paulista de 2021 com o São Paulo, já está na mira do clube, que visa o acerto o mais rapidamente possível para iniciar os preparativos antes do retorno do calendário pós-Mundial.
É claro que poucas coisas apavoram mais o são-paulino do que o vislumbre do rebaixamento, já que esse cenário nunca foi uma realidade. Também é possível dizer que talvez o conhecimento de Zubeldía para o cargo fosse limitado, ainda mais com as peças das quais dispunha, ao menos, até o começo da temporada.
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Porém, a torcida tricolor só não deve ser ingênua. A chegada de Crespo pode, sim, proporcionar um respiro, um refresco, principalmente pela chance de renovar os ares nos bastidores e trazer aquele gosto quase nostálgico do título. Mas uma vasta relação de problemas segue pendente na agenda do clube.
As dívidas flertando com a casa dos bilhões seguem no jogo. Da mesma forma, a preocupação exclusivamente marketeira do presidente Julio Casares e do diretor Carlos Belmonte, bem como o envolvimento acanhado até demais de Muricy Ramalho na coordenação de futebol (o que é curioso, dada a sua personalidade distinta nos tempos de técnico) completam o quadro.
Crespo é o nome certo para o momento do São Paulo?
O São Paulo atual pouco dialoga com a sua história: é apático e medíocre. Ainda sofre com o fantasma das lesões que o persegue desde 2020, com quatro peças titulares no DM. Não valoriza devidamente os atletas da base e enaltece estrangeiros que ainda estão em débito com o time no ano.
Dito isso, sendo Crespo, de fato, o substituto conterrâneo de Zubeldía, é a melhor opção para o momento do Soberano. Livre no mercado (as dívidas agradecem), identificado com o clube e o mais importante: animado para voltar. A situação do gigante paulista não é das mais animadoras, mas o São Paulo tem metade de 2025 pela frente para provar os críticos do contrário.
