Após a vitória do Palmeiras sobre o Cerro Porteño, nesta quarta-feira, 09, pela segunda rodada da Copa Libertadores da América, o técnico Abel Ferreira comentou sobre o desempenho da equipe e também sobre um episódio que chamou a atenção. Na comemoração do único gol da partida, Richard Ríos fez um gesto pedindo silêncio à torcida do Verdão, o que gerou repercussão nas arquibancadas. Porém, em entrevista, o treinador saiu em defesa do colombiano:
“O Ríos… quem sou eu para dizer algo a ele? Há uma coisa que sempre digo: o futebol não é igreja. O espetáculo é emoção, e tanto jogadores quanto treinadores, às vezes, têm reações impensadas. O Ríos tem um coração top, é um menino que trabalha muito. Ele já pediu desculpas logo depois. Ninguém é perfeito”, iniciou Abel.
“Quando erramos, não há gesto mais nobre do que pedir desculpas para voltar mais forte na próxima vez. Eu nem tinha visto o lance e não entendi por que estavam vaiando nossos jogadores. Me contaram o que aconteceu e foi bom ele ter reconhecido o erro. Precisamos muito dos nossos torcedores, que eles vibrem conosco. Foi no campo que ele errou, e foi no campo que ele pediu perdão. Nosso torcedor, grande como é, soube aceitar as desculpas”, concluiu.
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Abel fala sobre desempenho do Palmeiras
Sobre o desempenho da equipe, Abel voltou a citar o calendário como um dos principais vilões do futebol brasileiro e atribuiu a ele a queda de rendimento, apesar de ver evolução no time:
“Para ser sincero, não vejo nenhuma equipe no Brasil com toda essa fluidez. Já falamos 500 vezes e falo mais uma: entendo o que é cobrado — precisamos de dinâmica, fluidez, criatividade — e isso só vem com frescor físico e recuperação, que não temos. Os jogos são difíceis, cada palmo de campo é disputado, como foi hoje. O início foi complicado, porque os dois times estavam com o ‘combustível cheio’, foi um jogo de combate. Quando conseguimos abrir mais o jogo e fazer o gol, ficou mais fácil. Deveríamos matar o jogo. Quando não marcamos o segundo, corremos risco. Estamos no caminho certo, mas ainda com muito trabalho a fazer.”
Além disso, o treinador do Palmeiras demonstrou preocupação com os desfalques acumulados no elenco:
“Há muito para evoluir, para melhorar. Espero que ninguém mais se machuque, porque, com esse ritmo, vai ser difícil ter jogadores para disputar 18 jogos em dois meses. Em Recife, perdemos o Lucas (Evangelista), hoje foi o Veiga… Isso me preocupa muito. Eu gosto de um futebol dinâmico, mas, para isso, precisamos rodar o elenco”, finalizou.
