Lionel Messi, estrela do Inter Miami, foi acusado de racismo pelo ex-jogador Royston Drenthe, que relatou um episódio de injúria racial vivido durante a temporada 2010-11, quando jogava pelo Hércules na LALIGA. O ex-lateral do Real Madrid revelou que Messi o chamou de “preto de m**”** em uma partida contra o Barcelona, e ainda justificou o insulto como algo “normal” entre os argentinos.
“Em uma partida contra o Barça, Messi me chamou de ‘preto de m**’, e me disse que era uma coisa normal entre os argentinos. Falou que chamavam o (Ezequiel) Garay assim, mas deviam perceber que, para alguém como eu, é diferente. Uma coisa é meus amigos me chamarem assim, outra coisa é um rival”, contou Drenthe, em entrevista ao podcast “The Wild Project”.
Drenthe: “Messi me llamó negro de mierda”
Un jugador así nunca puede ser el mejor de la historia. pic.twitter.com/w6DsgjbrGg
— ᴍᴀɴᴜ. (@ESnomanu) February 27, 2025
Racismo no futebol espanhol: um problema persistente
Os episódios de racismo no futebol espanhol têm se tornado cada vez mais frequentes nos últimos anos, e Vinícius Júnior, jogador do Real Madrid, tem sido o principal alvo, com mais de 20 situações de preconceito registradas desde sua chegada ao clube, segundo levantamento feito pela LALIGA. Drenthe também se posicionou sobre a questão, destacando a persistência do problema.
“Eu não passei mais vezes por isso, mas é algo que continua a acontecer demais na Espanha. Eu nasci na Holanda e não sofri racismo, mas é algo que preocupa muito a mim e à minha filha”, afirmou o ex-jogador.
Carreira de Royston Drenthe
Drenthe, que começou sua carreira no Feyenoord, foi uma grande promessa do futebol europeu, sendo eleito melhor jogador da Eurocopa Sub-21 de 2007, quando a Holanda conquistou o título. Após isso, o jogador foi contratado pelo Real Madrid, mas sua passagem pela capital espanhola foi apagada, com poucas oportunidades. O atleta rodou por clubes como Everton, Reading e Murcia, mas nunca alcançou o nível esperado e se aposentou em 2023.