A Seleção Brasileira segue sendo a única pentacampeã mundial, mas se depara com o seu maior jejum de títulos de Copa do Mundo. Desde o primeiro título, conquistado em 1958, o maior período que o Brasil ficou sem erguer a taça mais cobiçada do futebol foi de 24 anos, entre 1970 e 1994, hiato que se repete entre 2002 e 2026 (ano da próxima Copa). Dessa forma, Cafu, capitão do penta, abre o jogo sobre o momento atual do futebol brasileiro.
Na visão do ex-lateral-direito, o Brasil não impõe o mesmo respeito que tinha anos atrás e, antes de mais nada, isso precisa ser resgatado. “O primeiro momento é fazer com que o Brasil volte a ser respeitado nas Confederações, na Fifa e mundialmente. Acho que esse é o principal de tudo, porque matéria-prima nós temos, jogador nós temos, talento nós temos. O que nós precisamos é dar tranquilidade para esses talentos, para que eles possam desenvolver o que eles sabem fazer, jogar futebol”, disse Cafu, em entrevista ao ‘GE’.
Cafu aponta a desorganização na CBF
O capitão do penta não se estendeu muito, mas deu a entender que a crise de gestão da CBF nas últimas décadas, desgastou as relações e se refletiu dentro de campo. “Acho que essa falta de informação, essa falta de comunicação e algumas comunicações que acabaram não acontecendo, geraram um desgaste na CBF”, afirmou.
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No entanto, um dos pontos mais discorridos pelo ex-jogador na entrevista foi a dependência de Neymar. Para Cafu, a Seleção Brasileira joga toda a responsabilidade nas costas do camisa 10 há 14 anos. Desde então, o capitão afirmou que nenhum outro jogador assumiu uma posição como a dele e, dessa forma, as conquistas ficam mais difíceis.
A Seleção não pode depender apenas de Neymar
“O Neymar foi o nosso último ídolo. E durante 14 anos nós ficamos dependentes do que o Neymar fazia. E a gente sabe que se você ficar dependente de um único jogador, você não vai ganhar uma Copa do Mundo. É impossível. Você não ganha a Copa do Mundo dependendo de um único jogador”, completou.