Marcos Braz abriu o jogo em relação aos caminhos tomados no Flamengo. O vice-presidente de futebol, que se despede do cargo no final de 2024, falou sobre um grande amargor no clube da Gávea. Hoje, para o dirigente, Rogério Ceni não deveria ter sido demitido durante a temporada de 2021.
“Acho que foi um dos erros que cometi: ter mandado o Rogério Ceni embora. Nunca falei isso. Não é que eu me arrependi, até porque quem veio foi o Renato [Gaúcho], pessoa fantástica, técnico fantástico. Mas acho que deveria…”, iniciou Marcos Braz em entrevista ao “Benja Me Mucho”, no YouTube.
Os bastidores da demissão de Ceni no Flamengo
“O Flamengo estava sendo muito comprometido em relação às convocações do Tite, e tinha uma promessa da CBF de estender o campeonato, o [Rogério] Caboclo (presidente) cai, o campeonato não é estendido, e a gente é obrigado a jogar numa loucura, em 18 dias jogamos sete partidas. O Ceni pegou uma parte dessa turbulência, e fizemos a opção de mandar embora”.
No Flamengo, o comandante e ex-goleiro somou 49 partidas, com 59,2% de aproveitamento, já que conseguiu 23 vitórias, 11 empates e 11 derrotas. Além disso, Ceni empilhou três taças pelo Rubro-Negro: um Campeonato Brasileiro (2020), um Campeonato Carioca (2021) e uma Supercopa do Brasil (2021).
Outros arrependimentos de Braz
O mandatário do Flamengo ainda citou outro erro: sua postura para contratar um novo treinador após a saída de Jorge Jesus em 2020. “Um momento que eu deveria ter brigado mais, deveria ter sido mais contundente: quando o Jorge Jesus sai, o Flamengo tinha um valor para o Jorge Jesus. Parte financeira. Jesus vai embora, este valor eu não tive para o outro técnico”, cravou.
“Não me pergunta o porquê, se o dinheiro era o mesmo. Foi quando eu trouxe o Domenec (Torrent). Foi o técnico possível naquele momento, naquele orçamento. Se eu não me engano, eu queria contratar o (Leonardo) Jardim. Tinha até marcado um encontro com ele. Quando vi que meu orçamento era 1/4 do Jorge Jesus, fui à viagem, mas não fiz o almoço”.