O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por meio da 5ª Comissão Disciplinar, anunciou penalidades rígidas após os incidentes na final da Copa do Brasil entre Atlético-MG e Flamengo. O comportamento dos torcedores no estádio Arena MRV, em Belo Horizonte, levou a consequências graves para o Atlético-MG.
O clube deverá jogar seis partidas com portões fechados e pagará uma multa de R$ 198 mil, sendo R$ 20 mil devido a cânticos homofóbicos proferidos por torcedores.
Reação do Atlético-MG às penalidades
Com a decisão, o Atlético-MG já disputou jogos sem torcida, como contra Botafogo e Juventude. Futuramente, além de mais um jogo sem público, três partidas terão acesso restrito, permitindo apenas a presença de mulheres, idosos, crianças, adolescentes até 16 anos e pessoas com deficiência.
O advogado do clube, Gustavo Caputo, argumentou por penalidades leves, integrando o artigo 213 sobre desordens causadas por torcedores no caso. Contudo, não impediu as rigorosas sanções.
Motivos dos incidentes punidos
A punição derivou de sérios incidentes, como bombas arremessadas no campo após o gol do Flamengo e eventos similares em um jogo anterior no Maracanã. Lesões ocorreram com o fotógrafo Nuremberg Faria nas mãos e pés, apesar de jogadores não se ferirem.
Além disso, uso de laser contra o goleiro adversário, invasão de campo e objetos arremessados interromperam o jogo por sete minutos, justificando as severas sanções.
STJD e os cânticos homofóbicos
Os cânticos foram enquadrados no artigo 243-G por serem discriminatórios. O relator Ramon Rocha destacou a gravidade dos fatos, justificando a multa de R$ 20 mil pela “baixa repercussão.”
Auditores como Renata Baldez, Raoni Vita, José Luiz Cavalcanti e o presidente Paulo Ceo concordaram com a avaliação do relator, reconhecendo a seriedade dos eventos.
O futuro do Atlético-MG
Com as sanções, o Atlético-MG necessita reforçar medidas de segurança para evitar repetição de incidentes. O episódio ressalta a responsabilidade dos clubes em garantir comportamentos adequados dos torcedores, não apenas para evitar punições, mas para manter um ambiente seguro nos estádios.
O julgamento reforça a postura firme do STJD contra comportamentos inadequados em eventos esportivos, servindo de alerta para todos os clubes e torcidas sobre as consequências de ações impróprias e discriminatórias.