O futebol, paixão nacional do Brasil, enfrenta desafios crescentes diante das mudanças climáticas. Um estudo da consultoria ERM, encomendado pela coalizão internacional Terra FC, aponta que 17 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro de 2024 poderão sofrer com impactos de eventos climáticos extremos nos próximos anos. Esse levantamento ressalta a sensível vulnerabilidade dos times a fenômenos como inundações, queimadas e ondas de calor intenso.
Segundo o estudo, todas as cidades-sede dos clubes da Série A estão em risco de incêndios florestais. Em 55% dessas cidades, essa ameaça é considerada alta, afetando diretamente 11 equipes renomadas, incluindo Atlético Mineiro, Corinthians e Palmeiras. Mesmo onde o risco é médio, a preocupação persiste, ressaltando a urgência de ações preventivas.
Riscos climáticos que ameaçam os clubes
A análise da ERM identifica três principais riscos climáticos que podem desestabilizar a rotina dos clubes: inundações fluviais, urbanas e costeiras. Cidades como Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre apresentam risco elevado, e municípios como Cuiabá também enfrentam desafios significativos. O cenário é promissoramente preocupante para clubes do Rio de Janeiro, com alta ameaça nos três tipos de inundações.
Além de incêndios e inundações, cidades como São Paulo, que abrigam equipes como Corinthians e São Paulo FC, também enfrentam riscos climáticos moderados, mas que podem se agravar. Tais ameaças podem comprometer desde a realização das partidas até a segurança de jogadores e torcedores.
Impactos das mudanças climáticas no futebol brasileiro
Eric Levine, diretor do Terra FC, afirma que as mudanças climáticas são agora um dos principais desafios do futebol nacional. Além de afetar diretamente os jogos, há questões relacionadas à saúde dos atletas, manutenção dos gramados e infraestrutura dos estádios. O aumento das temperaturas e eventos severos podem demandar ajustes nos horários dos jogos e ampliação das medidas de segurança.
Essa realidade exige que clubes e autoridades esportivas criem estratégias eficazes para reduzir os impactos climáticos. A conscientização e a adesão a práticas sustentáveis são fundamentais para mitigar riscos futuros e assegurar a continuidade do esporte mais amado do Brasil.
Medidas para proteger o futebol das mudanças climáticas
A implementação de planos de adaptação e resiliência climática tornou-se imperativa. Melhorias na drenagem dos estádios, o uso de tecnologias de monitoramento e a revisão de políticas de agendamento de partidas são ações necessárias. Colaborações com organizações especializadas em clima podem auxiliar os clubes perante os desafios ambientais e incentivar práticas sustentáveis.
Em suma, o futebol brasileiro enfrenta um momento decisivo em que o enfrentamento das mudanças climáticas é essencial para preservar o esporte. Em um mundo de incertezas, a habilidade de adaptação e inovação dos clubes será determinante para assegurar a continuidade das competições e a segurança de todos os envolvidos.