Grandes eventos como a Copa do Mundo, a Eurocopa e a Copa América encantam fãs ao redor do mundo. No entanto, competições como as Eliminatórias Sul-Americanas e a Liga das Nações da Uefa não têm o mesmo magnetismo. Com as qualificações mais acessíveis e a Liga das Nações se estabelecendo, muitos jogadores expressam insatisfação com o cenário atual.
A frequente ampliação do calendário de jogos, agora um fato inegável, está provocando debates significativos no futebol. O constante aumento de partidas relaciona-se diretamente com um surto de lesões, resultando em mais pedidos de dispensa e até mesmo em aposentadorias prematuras de seleções nacionais. Com o novo Mundial de Clubes da Fifa se aproximando em 2025, este desafio apenas se intensifica.
Calendário Intenso: Um Desgaste para os Atletas?
De acordo com um estudo do FIFPro, sindicato dos jogadores, disputar entre 40 e 54 partidas em uma temporada já indica uma “carga alta”. Para aqueles ultrapassando 55 jogos, a “carga excessiva” se torna evidente. Isso têm levado atletas a atuar entre 60 e 70 vezes por ano, aumentando, assim, o risco de lesões sérias.
Em outubro, várias seleções sofreram com a ausência de jogadores cruciais. Lesões e dispensas impediram Neymar, Vini Jr e Éder Militão de jogarem pelo Brasil. A Espanha perdeu Carvajal e Rodri, enquanto Ter Stegen e Füllkrug desfalcavam a Alemanha. Kylian Mbappé, por exemplo, não foi convocado pela França após decidir focar em sua recuperação.
Por que Jogadores Solicitam Dispensas?
A situação de Kylian Mbappé é notável. Depois de recuperar-se de lesão jogando pelo Real Madrid, Mbappé optou por ficar fora da seleção francesa. Isso levanta questões sobre a real condição física dos jogadores e a gestão dos interesses entre clubes e seleções.
Principais motivos para pedidos de dispensa:
- Necessidade de recuperação física;
- Busca por tempo suficiente para descanso fisiológico;
- Conflito de agendas entre compromissos de clubes e seleções.
Aposentadorias Precoces em Seleções Nacionais
Em 2024, uma onda de aposentadorias precoces impactou seleções nacionais. Atletas como Ángel Di María, Luis Suárez, Manuel Neuer, Thomas Muller e Olivier Giroud deixaram suas seleções.
Mesmo jogadores como Shaqiri (32), Griezmann (33) e Gundogan (33) que ainda têm muito a oferecer, decidiram se afastar. Gundogan, que joga pelo Manchester City, citou o cansaço físico e mental ao justificar a inviabilidade de seguir com um calendário tão apertado.
Gestão da Pressão pelos Jogadores
Muitos veem a dispensa durante as Datas Fifa e a aposentadoria prematura como formas de manterem suas carreiras. Em um cenário que os pressiona intensamente, proteger a saúde física e mental tornou-se uma prioridade. Esse movimento impulsionado pelos jogadores destaca a necessidade de repensar a organização do calendário.
Ajustes como a redução no número de partidas anuais e uma melhor coordenação entre compromissos de clubes e seleções poderiam aliviar a pressão atual. Um diálogo contínuo entre as entidades do futebol, clubes e jogadores é essencial para manter o equilíbrio nesse esporte tão apreciado.
 
			




